quarta-feira, outubro 12, 2005

Antologia Improvável #62 - José Luís Peixoto

SETEMBRO, FIM DE TARDE

a varanda era o respeito e o silêncio de onde a casa se erguia.
a minha mãe talvez fosse a sua própria voz. eu era muito novo.

a paisagem e a vida diante de mim. os pombos levavam o
meu peito em círculos no céu.

e havia uma fonte, porque há sempre uma fonte distante
na voz da minha mãe.

A Casa, a Escuridão

3 comentários:

Maria Noronha disse...

li Uma casa na escuridão, o outro livro. fiquei a umas páginas do fim. doía demasiado

addiragram disse...

POrque será que ao ler José Luís Peixoto oiço ao longe a voz do Eugénio de Andrade? Uma boa escolha.Uma forma de dizer muito especial!

lebredoarrozal disse...

Este poema é bonito, mas o Peixoto não me convence…