Sem uma imprensa livre, não há uma sociedade liberal e democrática. É verdade que democracia e liberdade são aferidas por muitas outras variáveis: literacia e autonomia dos cidadãos em face do Estado e dos poderes fácticos de todos os lóbis, corporações, religiões, tudo quanto condicione ou subalternize os indivíduos e os cidadãos. Mas a base de tudo está numa imprensa livre.
Numa lista dos Repórteres se Fronteiras sobre a liberdade de imprensa no mundo, contendo 180 países, em que a liberdade mais livre se situa na Noruega e a mais oprimida na Eritreia, Portugal está em nono lugar, atrás da Nova Zelândia e à frente da Suíça. Quanto aos restantes países lusófonos, Cabo Verde surge em 27.º, atrás de Chipre e à frente da Lituânia. Seguem-se Timor-Leste, 71.º, entre a Grécia e as Maldivas; Guiné-Bissau (95.º), entre a Mauritânia e o Equador; Angola (103.º) no meio do Quénia e do Montenegro; Moçambique (108.º), depois do Líbano e antes duma Guiné. Finalmente, o Brasil, em 111.º, precedendo a Bulgária (país da UE...) e atrás da Bolívia. São Tomé e Príncipe não aparece. É uma lista estranha, apesar de tudo, mas está aqui.
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