Uma entidade que dá pelo bonito nome de Altice está a infernizar a vida de milhares de trabalhadores da PT e suas famílias, como tem sido mais ou menos veiculado pela imprensa (aqui ou aqui), com muito menos destaque, claro está, do que coisas importantíssimas como a preparação da próxima época pelos 'três grandes', as opiniões de Gentil Martins sobre o homossexuais, entre outras irrelevâncias, e até por assuntos verdadeiramente importantes como o populismo racista eleitoral do badameco de Loures.
O que se está a passar é inadmissível, e não pode ser tolerado por um governo digno desse nome, e que se respeite
No meio do número de António Costa no Parlamento (que eu espero que tenha sido um aviso para bom entendedor...), das preocupações de Passos Coelho na defesa da Altice como vítima do bulliyng por parte do primeiro-ministro (é extraordinário...), e do inefável ex-ministro da Esmola, Pedro Mota Soares, que se prepara para ser o próximo presidente da Assembleia Municipal da minha terra (pobre terra...). No meio deste carnaval, PCP e Bloco, cumprem com o seu dever (já que o PS parece não o fazer) e levantam a voz.
Como disse José Soeiro, e bem, estas altices tentam operar em Portugal como se o país fosse uma república das bananas. Depois do triste mandato do governo subserviente de Passos Coelho, humilhante para o país, há que pôr todas as altices na ordem e mostrar-lhes que Portugal não é propriamente um 'mercado' em que os abutres vêm fazer gato-sapato dos trabalhadores.
Está, portanto, na altura de fazerem um aviso muito sério ao PS.
2 comentários:
Sinceramente, não sei bem o que o Governo pode fazer que não seja cumprir a Lei e esperar que outros a cumpram. É que a solução avançada pelo PCP é a do costume, ou seja, nacionalize-se. Uma coisa foi a decisão de venda à Altice pela Oi (que poderia ter sido travada pela Pharol se Passos Coelho tivesse querido), quando se sabia que tipo de empresa a Altice era (profundamente alavancada e interessada em transformar as operações da PT num gigantesco call centre), outra bem diferente é decidir-se agora que o Estado vai optar pela nacionalização (desde logo, com que dinheiro e a que propósito?). Aliás, as sucessivas intervenções estatais desde o tempo da privatização não deixam boas memórias de todo. Era o capitalismo de compadrio no seu pior...
Sem perceber nada de leis, em especial de Direito do Trabalho, pelo que tenho ouvido ao Bloco e ao PCP, parece que será a Altice a dever cumprir a lei. E também não ouvi falar de nacionalização. Não tenho resposta para as suas perguntas, mas não acredito que o Estado não tenha meios para civilizar a tal companhia.
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