A morte como obsessão, ponto de partida e de chegada. O início de um livro único, o Húmus, de Raul Brandão. Quanto a Em Demanda da Europa, de Filomena Cabral, deveremos preparar-nos para uma dissertação? O mesmo não se dirá, do início de O Retorno, de Dulce Maria Cardoso: qualquer coisa é expectável. Valerá a pena prosseguir?
O título: todos são bons, mas Húmus, sem artigo, transporta-nos para a essência mesma da obra.
1903: «[13 de Novembro.] Ouço sempre o mesmo ruído de morte que devagar rói e persiste...» Raul Brandão, Húmus
O título: todos são bons, mas Húmus, sem artigo, transporta-nos para a essência mesma da obra.
1903: «[13 de Novembro.] Ouço sempre o mesmo ruído de morte que devagar rói e persiste...» Raul Brandão, Húmus
1997: «Preparemo-nos, descalcemos as sandálias, lavemos o rosto, despojemo-nos, teremos de assistir, de coração limpo, a toda a encenação, participando no final, se estivermos todos de acordo.» Filomena Cabral, Em Demanda da Europa
2012: «Mas na Europa há cerejas.» Dulce Maria Cardoso, O Retorno
2 comentários:
"Húmus" (sem artigo) uma obra prima da literatura portuguesa.
Muitas vezes deprimente, outras lírico e sonhador.
O Raul Brandão está todo ali.
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