quarta-feira, março 01, 2017

microleituras

Um dos primeiros livros publicados por Camilo Castelo Branco participa desta literatura, com «Maria. não Me Mates que Sou Tua Mãe!» (1848), como é referido pelo autor desta síntese notável de enquadramento e análise dum género tão peculiar, caído em desuso não há muito. Literatura de cordel, literatura de cego, vendido por feiras e mercados deste país, histórias fabulosas, relatos de viagem, episódios do ciclo arturiano, do último feito notável ou do último crime cometido, verso,drama e prosa de proveito e exemplo que leitores e ouvintes (não esquecer o analfabetismo endémico), consumiam gulosamente. Que o dissesse Ferreira de Castro, ainda criança, com a História do João Soldado -- um must da literatura de cordel.

incipit: «A designação "literatura de cordel" recobre, no uso dos especialistas,, um conjunto imenso e instável de obras que eram penduradas para exposição e venda em cordéis distendido entre dois suportes, presos por pregos ou alfinetes, em paredes de madeira ou na rua, podendo também pender dos braços da da cintura de vendedores ambulantes.»  


Carlos Nogueira, Literatura de Cordel: História, Teoria e Interpretação, 2.ª ed., (2003)

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