Para além das cumplicidades não assumidas, nem reveladas, enquanto não se sabia para que lado pendia o golpe na Turquia, nenhum país ocidental largou uma sílaba para defender Erdogan. Estávamos todos a fazer figas para que os militares triunfassem.
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6 comentários:
Olha, leu-me o pensamento ;-) ... Antes um ditador militar laico e confiável que um populista islamista errático mas democraticamente eleito... Ao estado a que chegamos, para termos que optar pelo mal menor...
No fundo, repetia-se a situação da Argélia, depois da vitória da FIS, e do próprio Egipto, com a experiência da Irmandade Muçulmana. Veremos até onde vai o Erdogan. Neste momento, parece ter mais poder do que nunca.
Agora anda nas limpezas... Com tanta lixívia, não acabará também ele limpo? Que futuro para a Turquia? Quem não põe lá os pés tão depressa sei eu bem...
Se não foi uma farsa, pelo menos o contragolpe parece estar bem organizado...
De facto, o problema dos islamistas é que chegados ao poder rapidamente querem substituir a legalidade democrática por formas musculadas de governo, mais ou menos inspiradas na sharia. A exceção é a Tunísia, que por acaso foi o sítio onde se iniciaram os protestos que deram origem à 'Primavera Árabe'. O seu processo de transição, que envolveu a sociedade civil (de recordar um Prémio Nobel da Paz que foi recentemente atribuído a um comité de advogados, sindicalistas e outros), deveria ser considerado um 'case studie'... E digo isto só para não levar as mãos à cabeça de desespero :-( ...
Sim, a Tunísia é o único bom exemplo, se não contarmos com Marrocos, que, apesar de tudo, tem que se lhe diga. Já a Argélia, sem os militares...
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