sábado, janeiro 30, 2016
sexta-feira, janeiro 29, 2016
quinta-feira, janeiro 28, 2016
JornaL
daqui |
Matteo Renzi: "Temos de deixar de considerar a Europa como a professora com a caneta vermelha e azul" -- ...ou "Países do Mediterrâneo, uni-vos!" / ...ou Países do Sul (do Sol, e do sal) vs. países sem norte (oh, Dinamarca!...), sem sol nem sal.
Orçamento. Governo sem margem para recuar nos compromissos à esquerda -- Eu diria mesmo mais: Governo sem margem para recuar nos compromissos com o país.
PSD e CDS apoiam apelo europeu à correcção do OE -- Sempre com a Troica. Sempre além dela. Sempre abaixo e por baixo dela.
Taça da Liga. Braga vai à Luz enfrentar um dos melhores ataques da Europa -- O Sr. Vitória é um Senhor.
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quarta-feira, janeiro 27, 2016
'degustações'
Recebo um convite para degustações várias: a degustação de vinho, de azeite, mel, por aí fora. Bem hajam! Mas cansa-me tanto esta utilização até ao esgotamento de vocabulário modernaço (trendy, diriam estes saloios de poucos e maus livros e muitas séries). Se me convidarem para uma prova, os sentidos arrebitam; para degustações, nem das de cona.
terça-feira, janeiro 26, 2016
segunda-feira, janeiro 25, 2016
domingo, janeiro 24, 2016
a boa notícia d'hoje
O Cavaco passa a ser designado como "presidente cessante".
De resto, Marcelo com bom discurso, como seria de esperar. Prevejo que vão ser uns cinco anos divertidos em Belém.
Sampaio da Nóvoa mostrou o grande estofo que tem.
Tino de Rans, esteve quase a ultrapassar Edgar e Maria de Belém.
Jorge Sequeira não ficou em último. Um dos vencedores da noite.
só uma música
The Allman Brothers Band, o southern rock por antonomásia. Escolha difícil, e além disso nem todas estão disponíveis no YouTube. Vou para este «Jelly Jelly», um blues de Billy Eckstine e Earl Hines, superiormente cantado e tocado (órgão) por Greg Allman, a guitarra inconformada de Dickey Betts e um solo bestial de Chuck Leavell no piano. Yeah...
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sábado, janeiro 23, 2016
sexta-feira, janeiro 22, 2016
A probabiblidade de Guterres ser o próximo secretário-geral da ONU é forte.
Para além do prestígio granjeado como Alto Comissário para os Refugiados, há 35 anos, desde o austríaco Kurt Waldheim, que nenhum europeu desempenha o cargo. Sucederam-lhe o peruano Javier Pérez de Cuéllar, o egípcio Boutros Boutros-Ghali, o ganês Kofi Annan e o sul-coreano Ban Ki-moon.
A diplomacia portuguesa ressurge: ouvi na Antena 1 que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, que não manifestaram oposição a esta eventual candidatura. Resta ver, a ser eleito, qual será a pedalada de Guterres, investido como uma epécie de sumo-pontífice laico da comunidade internacional.
quinta-feira, janeiro 21, 2016
doença talvez não
«Doença talvez não. Mas o furto tinha para Silvino qualquer coisa de sensual, de lúbrico, o prazer dos amores proscritos e ameaçados, a excitação do corpo e dos sentidos -- e depois aquele moleza boa de animal saciado.»
Mário Zambujal, Crónica dos Bons Malandros (1980)
quarta-feira, janeiro 20, 2016
amamentar de esperança
«E, enquanto pausava, ficava num sorriso cheio de enlevo materno como que amamentando Henrique, ainda que só de esperança, mesmo depois de ele ter focado homem.»
Manuel Rui, Crónica de um Mujimbo (1989)
terça-feira, janeiro 19, 2016
no rescaldo duma greve derrotada
«De fora chegava um silêncio inquietante. Nem estoiro de bomba, taque-taque de metralhadora, nem ruído de veículos ou de patas de cavalo. Nada.»
Ferreira de Castro, O Intervalo [1936] [in Os Fragmentos, póstumo, 1974]
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segunda-feira, janeiro 18, 2016
há, e motiva-se na 'vontade de poder'
«Haverá um pessimismo da força? Uma propensão intelectual para o que é duro, horrível, malvado, problemático na existência feita de bem-estar, de transbordante saúde, de abundância existencial? Haverá talvez um sofrimento devido à própria sobreabundância?»
Friedrich Nietzsche, O Nascimento da Tragédia (1871)
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domingo, janeiro 17, 2016
sábado, janeiro 16, 2016
só uma música
Um disco histórico, uma daquelas obras que nos define como comunidade cultural. O resto é conversa fiada. Gravado no exílio em Paris, saído em 1971, na agonia do salazarismo sem Salazar, proibido no país (ah ah ah!, a pré-história...), aparece às escusas com olho camoniano. A emigração, a Guerra Colonial, a pobreza endémica, o marialvismo polltrão, a charlatanice social e política, o sebastianismo imobilista, a censura castradora e ofensiva, a repressão policial a um povo ignaro, o desafio final num verso do Trinca Fortes, por isso rajada de metralha naquela apagada e vil bisonhice -- oh, plano de ajustamento & metas do défice mais a puta que os pariu.
Difícil a escolha de uma música neste Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades? Para mim, em por isso. Tomar balanço em toada quase medieval para o Angola (e o resto) não é nossa, com a «Cantiga do Fogo e da Guerra». A letra, o poema -- pois les beaux esprits -- é de Sérgio Godinho.
quinta-feira, janeiro 14, 2016
um momento da campanha
Quando um delegado sindical, salvo erro da Peugeot-Citroen de Mangualde, militante do PSD, recebendo um folheto das mãos de Edgar Silva, lhe disse qualquer coisa como "nós sabemos quem é que nos defende", respondendo o candidato do PCP, visivelmente sensibilizado, com a pergunta "Posso dar-lhe um abraço?".
E deram.
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50 discos: 23. CRIME OF THE CENTURY (1974) - #1 «School»
Parece que o Rick Davies não deixa que os álbuns dos Supertrampapareçam no YouTube. Fica, por isso, uma actuação a solo do Roger Hodgson.
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quarta-feira, janeiro 13, 2016
do princípio do mundo
«[...] Januário de Sousa, filho de Ana Maria e de pai incógnito, etc.; bastava deitar o rabo do olho à sua pele morena, lisa e macia, que nem a água passada a ferro na popa dos barcos, para ver que ele não tinha mais de vinte anos, apesar de os seus olhos parecerem exaustos por não se sabia quantas madrugadas do princípio do mundo.»
Ferreira de Castro, A Experiência (1954)
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terça-feira, janeiro 12, 2016
elogio dos livros de cavalaria
[...] a graça de tecer e historiar as aventuras, o decoro de tratar as pessoas, a agudeza e galantaria das tenções, o pintar das armas, o betar as cores, o encaminhar e desencontrar os sucessos, o encarecer a pureza de uns amores, a pena de uns ciúmes, a firmeza em uma ausência, e muitas outras cousas que recreiam o ânimo e afeiçoam e apuram o entendimento.»
Francisco Rodrigues Lobo, Corte na Aldeia (1619)
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spielberguiano
Eu ainda atravessei a Cortina de Ferro, e o lado de lá não tinha piada. A Ponte dos Espiões: apesar de algumas debilidades no argumento e de não ser um Spielberg de topo, faz-lhe jus. Tom Hanks, também, a si próprio. Para quem viu, a(s) minha(s) cena(s): o saltar do muro e o pular da cerca, observada(s) sobre carris.
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segunda-feira, janeiro 11, 2016
David Bowie
De David Bowie (1967) a Black Star (2016), vão 49 anos (!) e, se bem contei, 26 álbuns de originais. Desses, tenho, hoje, 11-I-2016, cerca de um quarto, seis discos (2 LP + 4 CD), o que faz de mim um apreciador modesto, mas não indiferente. A saber: Aladdin Sane (1973), Low (1977), "Heroes" (1978), Scary Monsters And Super Creeps (1980), Heathen (2002) e The Next Day (2013). Todos os anteriores ao Aladdin Sane são para comprar, e tenho, pelo que li e já ouvi, muita curiosidade pelo Black Star.
A persona de Bowie deixa-me indiferente, não é o meu universo, embora reconheça que há nela uma construção coerente com a música. Esta é que me interessa, pelo que tem de inconformismo entusiasmante, mesmo que haja cenas com Eno que não me comovem,ou os desastres de excessivo comercialismo (Let's Dance, 1983) que dele me afastaram, talvez por demasiado tempo.
Mas como me estreei com o pé direito, em 1980, com o Scary Monsters, o primeiro disco seu que comprei, ficar-me-á sempre esse som pouco resignado, que partilhou com outros nomes dessa geração, e que tal como ele permanecem interessantes: Peter Gabriel, Peter Hammill, Robert Fripp, Robert Wyatt.
A persona de Bowie deixa-me indiferente, não é o meu universo, embora reconheça que há nela uma construção coerente com a música. Esta é que me interessa, pelo que tem de inconformismo entusiasmante, mesmo que haja cenas com Eno que não me comovem,ou os desastres de excessivo comercialismo (Let's Dance, 1983) que dele me afastaram, talvez por demasiado tempo.
Mas como me estreei com o pé direito, em 1980, com o Scary Monsters, o primeiro disco seu que comprei, ficar-me-á sempre esse som pouco resignado, que partilhou com outros nomes dessa geração, e que tal como ele permanecem interessantes: Peter Gabriel, Peter Hammill, Robert Fripp, Robert Wyatt.
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domingo, janeiro 10, 2016
Sampaio da Nóvoa, como (me) é óbvio
Ainda não votava, e já apoiava Eanes. Votei em Zenha e em Sampaio. O voto em Nóvoa é-me lógico e natural.
sábado, janeiro 09, 2016
só uma música
Chuck Berry é uma lenda viva, e talvez o nome mais importante dos primórdios do rock'n'roll, nos anos cinquenta. A sua influência nos músicos ingleses da década seguinte foi imensa. Deste Rock It, o último disco que gravou (1979), após muita hesitação escolho «House Lights», não apenas pela Gibson hiperactiva (ouve-se e lembra-se logo o seu duck walk), como pela prestação incrível do piano de Johnnie Johnson, outro músico lendário (ele é o "Johnnie B. Goode»...), que integra na perfeição o blues e o rock, pai e filho.
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quinta-feira, janeiro 07, 2016
"fi-lo tirá-lo da toca"
Disse o inesquecível Jesus sobre Vitória, e foi a impressão com que fiquei, após assistir ao debate Nóvoa vs. Marcelo: também Nóvoa "fêze-o tirá-lo da toca"...
"A glória do esquecimento"
...é um grande mote para o Colóquio sobre Afonso Lopes Vieira, assinalando os 70 anos da sua morte. Neste mísero ambiente que vivemos, em que, mesmo que não queiramos, nos entram pelos olhos dentro notícias sobre nulidades absolutas ("Merdinha fala do seu namoro com fulano"; "Sapatilhas FC comprou a totalidade do passe de Gonorreia") -- o que interessa o Afonso Lopes Vieira?! Serve para quê, a poesia?, a arte? Serve para quê a História, já agora -- como, à frente de toda a gente, retoricamente se questionava um tarólogo dos mercados?
Por isso, e muito bem, "a glória do esquecimento".
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quarta-feira, janeiro 06, 2016
terça-feira, janeiro 05, 2016
segunda-feira, janeiro 04, 2016
o 'Chouriço'
«Artur olhava--lhe o dorso crasso, cor de avelã; e pensava, com desconsolação, que era aquela criatura que tinha dinheiro, que ia para Lisboa, -- o Joãozinho Mendes, de Ovar, a quem chamavam em Coimbra o Chouriço, e incapaz de compreender um livro, ou mesmo um dito!...»
Eça de Queirós, A Capital! (póstumo, 1925)
domingo, janeiro 03, 2016
muito fartíssimo de andar a ser gozado pelo Rodrigues dos Santos
Este Fernando Mendes dos telejornais é não só um incompetente (o caso Alexandre Quintanilha é exemplar), como um tipo sem um pingo de vergonha. No debate presidencial de hoje, depois do truque de tentar encostar Sampaio da Nóvoa ao pestífero Sócrates, deu-se ao luxo de mandar às malvas o seu papel de pivot, não respeitando o que fora acordado: Henrique Neto abria, Nóvoa fechava o debate. Nunca vi uma coisa destas em nenhum debate eleitoral.
É humanamente impossível ser-se tão cretino e incompetente; logo esta falha muito grave só pode ter sido propositada.
Isto é a televisão pública (mesmo que fosse privada, seria inadmissível), paga com o dinheiro de todos, incluindo o meu, e eu estou cansado da incompetência do Santos. Retirá-lo, já, da moderação dos debates é o mínimo que se exige.
sábado, janeiro 02, 2016
sexta-feira, janeiro 01, 2016
um presidente capaz
António Sampaio da Nóvoa, português antigo, tem tudo para ser uma grande Presidente da República: um percurso cívico que fala por si, incluindo de intervenção na pólis (política que vai muito para além de currículo partidário), uma qualificação académica impressionante -- superior a qualquer outro candidato -- e uma densidade cultural fundamental para a função a que se propõe -- densidade essa que a mercearia política da selva do comentário procurou ridicularizar, sem se aperceber de que o ridículo caía em cima deles, merceeiros.
Marcelo Rebelo de Sousa é uma personalidade interessantíssima, prismática. Mas é também pouco sério, politicamente, como se via no seu espaço de comentário dominical. Candidato do PSD, seria uma incógnita como PR, mas perigosamente imprevisível.
Maria de Belém Roseira: pessoalmente, não tenho nada contra; politicamente, tem a mancha de ser uma arma de arremesso de facção partidária, minoritária no PS. Serve para tentar entalar o secretário-geral.
Edgar Silva: grande respeito pela sua actividade enquanto padre junto dos mais carenciados. Politicamente, serve para o PCP marcar terreno.
Marisa Matias: qualidades políticas óbvias, mas candidatura semelhante à do PCP, serve pata o Bloco marcar posição e não querer ir atrás do Livre, primeiro partido apoiante de Nóvoa.
Henrique Neto: respeitável, embora limitado.
Paulo de Morais: idem, mas monotemático. É muito pouco.
Tino de Rans: é o nosso Tiririca. Uma boa oportunidade para os cínicos votarem, em vez de desenharem os característicos arnaldos nos boletins de voto.
Cândido Ferreira: nunca ouvi falar.
Jorge Sequeira: idem.
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