domingo, julho 19, 2009

Antologia Improvável #389 - António Botto (6)

CANTIGA

Eu ausente e tu ausente,
Eu de ti e tu de mim;
Saudade, quando me deixas,
Ausência, quando tens fim?

VOLTA

Meus olhos andam molhados
Desde aquele negro dia,
Bronzes, dobrai a finados,
Que eu já não tenho alegria!
Ó causa das minhas queixas,
Porque me matas assim?...
Saudade, quando me deixas,
Ausência, quando tens fim?


Cantares

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