sábado, março 25, 2006

Correspondências #38 - Branquinho da Fonseca a Carlos Queirós

Rua Avelar, 1 - Cascais

Meu Caro Carlos Queiroz

Retrato em que esteja só com o Regio, não encontrei. É verdade que tenho mais, mas não sei agora aonde. Verei se os encontro. Mas creio que em todas estaremos com outros amigos. Se não tiver muita pressa, em tendo as coisas mais arrumadas lhe direi.
Quanto à bio-bibliografia: nasci em Mortagua, no dia 4 de maio de 1905, estudei em Lisboa os primeiros anos do liceu e o resto em Coimbra, onde me formei em direito (4 de julho de 1930). Fui sócio fundador e director do Triptico e da Presença. Livros, tenho publicados os seguintes: Poemas (1926) -- Posição de Guerra (1928) -- Mar Coalhado (1931) -- Zonas (1932) -- Caminhos Magnéticos (1938) Teatro I (1940).
Está no prelo «O Barão» (novela); na forja «A Porta Ferrea» (romance) e na gaveta: o «Vento de Longe» (poemas) e «Arredores do Mundo» (poemas em prosa).
Aqui tem tudo o que quere e mais alguma coisa, pois creio que só lhe interessa o que já foi publicado.
Disponha sempre
do seu amigo e admirador
Branquinho da Fonseca
Cascais
4-XII-41
fac-símile in Boletim Cultural, n.º1, Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas, Fundação Calouste Gulbenkian
(direcção de David Mourão-Ferreira)

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