«Só de nostalgias faremos uma irmandade e um convento, Soror Mariana das cinco cartas. Só de vinganças faremos um Outubro, um Maio, e novo mês para cobrir o calendário. E de nós, o que faremos? // 1/3/71» Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa, Novas Cartas Portuguesas (1972)
«"O quê?", perguntou Mister DeLuxe. "É curioso pensar", disse Austin, passando por cima da pergunta directa, "que o rapaz tirava burriés do nariz quando era pequeno, mas não os comia logo". "Hã?", fez Mister DeLuxe. "Não os comia logo", acentuou Austin, "colava-os à parede para os comer no dia seguinte". Houve uma pausa. "Gostava deles secos", explicou.» Dinis Machado, O que Diz Molero (1977)
«Ele retomará o seu desabafo, avivando detalhes, corrigindo versões. Por vezes, a certificar-se de que o sigo ou precisado de cumplicidade, faz de mim testemunha, cada frase torna-se um pedido de compreensão. E porque eu digo que compreendo, para ele é como se eu também tivesse estado presente.» J. Rentes de Carvalho, A Amante Holandesa (2003)
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1 comentário:
«As famílias Camões, que aparecem nos anos imediatos ao serviço dos reis, estabelecidas aqui e além, principalmente no Alentejo, como os Camoeiras de Évora, os morgados da Torre de Almadafe, os morgados da Gesteira, os Vaz de Camões, senhores da Quinta do Judeu, nos arredores de Santarém, bem como, segundo é de presumir, os progenitores do poeta, provêm doutros ramos.
A estirpe de Luís de Camões carece de outras provas genealógicas, que não sejam as estimativas, à parte alegações de todo arbitrárias, ditadas com visível parcialidade. Da migração vasta e anónima que se derramou pelas províncias portuguesas, inclusive as do Sul, derivou naturalmente. Veio na vazão da tribo. Assim ou doutro modo, para o caso não tem importância. Nunca ele se prevaleceu de prosápias de sangue azul.»
Aquilino Ribeiro, "Luís de Camões - Fabuloso*Verdadeiro". Ensaio (1950)
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