Não se ataca o mal pela raiz por puro medo. A desorientação é total: em Coruche uma escola com um aluno infectado aguarda ordens para encerrar… Em Lisboa, dois navios de cruzeiro despejam centenas de turistas sem qualquer controlo. Mas temos de ouvir apelos à responsabilidade social assistir aos puxões se orelhas aos miúdos que, sem aulas, foram para a praia de Carcavelos num dia estival... É extraordinário
em tempo: gostei do tom da comunicação ao país de António Costa, do sentido de comunidade que por ela perpassou.
em tempo: gostei do tom da comunicação ao país de António Costa, do sentido de comunidade que por ela perpassou.
4 comentários:
Meu caro, em hora de incertezas, o caos domina, pelo menos no início, e aquilo que funciona no papel rapidamente é ultrapassado pela realidade.
Prefiro, como dizia o Daniel Oliveira, escutar a opinião de quem sabe, mesmo sabendo que quem sabe, sabe pouco, porque se trata de uma ameaça nova.
Quanto aos puxões de orelhas pelas idas à praia ou pelas festas como aquela inenarrável na Feira, bem próximo de um foco da doença e enquanto há gente no hospital a lutar pela vida, vamos lá ver, os nossos jovens são burros?
É preciso fazer um desenho de que se são enviados para casa pela iniciativa de reitores não é porque estão de férias? Pelos vistos, é.
Se calhar o principal falhanço das autoridades foi não conseguirem explicar que a situação é muito grave e que vão morrer pessoas...
Pelos vistos quem sabe não se entende. Parece que aquela reunião do Conselho de Saúde Pública é que foi caótica. Bem fez o governo em não lhe ter dadom ouvidos.
Sobre a festa, li hoje uma breve notícia, mas nem a percebi bem; quanto à praia, o que lhe posso dizer é que se estivesse na escola de certeza que teria lá dado uma saltada. A malta é jovem... E é preciso ver que tudo se passou antes da solenidade da comunicação ao país, que foi boa mas pecou por tardia, claramente. Ainda ontem a escola de Coruche estava a funcionar, tendo um aluno contraído a doença; os cruzeiros a despejarem turistas à vontade. Na quarta-feira, no restaurante onde almoço, na quarta-feira estava um grupo de miúdos espanhóis em viagem de féria -- hoje a Espanha decretou o estado de emergência -- e falam dos miúdos que foram para a praia? Ó valha-me deus...
Não é quem sabe não se entende, é que quem sabe não pode estar em todo o lado. Felizmente os me(r)dia, nomeadamente a SIC, têm-se preocupado em fazer a pedagogia que falta ao Estado...
Verdade? Não tenho visto. Valha-nos isso..
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