Um tipo deita-se a pensar que a União Europeia, bastante ferida embora, tem uma pequena oportunidade de regeneração, em face da curta vitória do Bremain no Reino Unido; e acorda com a reviravolta do Brexit e com o princípio do fim da UE, tal a miríade de acontecimentos a haver, tais as ondas de choque desta decisão histórica.
A UE ferida de morte (não interessam nada as declarações pias de Donald Tusk); a independência da Escócia, pelo menos, é de novo uma forte possibilidade, como o fim do Reino Unido; uma péssima notícia para Portugal, a começar pelo factor económico, mas que é insignificante em face das implicações políticas e mesmo estratégicas da nova situação.
A Inglaterra era o único país, no actual contexto, que podia contrabalançar o poderio excessivo da Alemanha e dos seus aliados próximos, como a Holanda (a França, como é patente, vive uma crise profunda).
A UE passará a ser um conglomerado de interesses díspares, polarizado (o desagradável e protofascista Grupo de Visegrad, por exemplo) em torno de zonas de influência, mais do que já estava a ser, uma vez que não acredito nas tristes lideranças que nos conduziram até aqui.