No JL de hoje, José-Augusto França considera a Maria Eduarda de Os Maias (1888), "[...] a heroína do romance português, por excelência sua, do seu autor e no que dramaticamente pode ser entendido no Portugal (ou na Lisboa) do Romantismo [...]" («Maria Eduarda for ever!»)
Em matéria de personagens femininas, o Eça... (Já agora, n'Os Maias, nada me parece tão elevado e dramático como o velho Afonso ou tão seriamente divertido como o Ega, qualquer deles com lugar cativo na nossa pequena memória culta colectiva. A Maria Eduarda? Bah!, humana, demasiado humana -- como deveu ser...
Eu, confesso-me mais transportado pelo que não chafurda, por uma certa idealidade quase etérea, que compreende carácter, nobreza, abnegação -- na lama ou em berço de ouro. Daí a minha paixão por mulheres como a Margarida Clark Dulmo, de Mau Tempo no Canal (1944), de Vitorino Nemésio, ou a Leonor de Servidão (1946), de Assis Esperança.
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