Ler Para Sempre (1983), de Vergílio Ferreira é tanto mais compensador quanto melhor pudermos saborear a mestria com que o autor domina a arte de escrever. São precisos muitos anos de escrita, de reescrita (e de vida, também) para que a mão surja tão miraculosamente adestrada, o tempo da narrativa tão sabiamente contido, a reflexão interior tão percucientemente formulada. Os temas recorrentes do fim e da infância são-nos dados nos capítulos iniciais, em que -- a par de uma primeira referência a Sandra, que percebemos ser alguém determinante e de aparições fantasmáticas de velhas tias -- o protagonista que regressa à «casa», ao lugar do crescimento e de estranhamento inicial; ao tempo e ao espaço em que foi Paulinho, mas não feliz.
terça-feira, junho 04, 2013
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