sexta-feira, março 31, 2006

Caracteres móveis #69 - Raul Proença

O socialismo é um liberalismo penetrado de vontade, tentativa deliberada e permanente para pôr o mundo à escala humana.
Páginas de Política / Antologia-1
(edição de António Reis)

Proença

quinta-feira, março 30, 2006

Vem

Já somos nada
quando a morte nos persegue.
Esperamo-la, implacável,
com o anúncio dos primeiros sinais.

Seis Composições Outonais
2001

estampa XXX

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Vincent van Gogh, Auto-retrato com Chapéu de Palha
Rijksmuseum, Amesterdão

quarta-feira, março 29, 2006

Antologia Improvável #117 - António Patrício

RELÍQUIA

Era de minha mãe: é um pobre xale
Que tem p'ra mim uma carícia de asa.
Vou-lhe pedir ainda que me fale
Da que ele agasalhou em nossa casa.

Na sua trama já puída e lassa
Deixo os meus dedos p'ra senti-la ainda;
E Ela vem, é ela que me abraça,
Fala de coisas que a saudade alinda.

É a minha mãe mais perto, mais pertinho,
Que eu sinto quando toco o velho xale
Que guarda um não sei quê do seu carinho.

E quando a vida mais me dói, no escuro,
Sinto ao tocá-lo como alguém que embale
E beije a minha sede de amor puro.

Poesias / Líricas Portuguesas, 2.ª Série
(edição de Cabral do Nascimento)

terça-feira, março 28, 2006

estampa XXIX

Auguste Renoir, A Estalagem da «Mère» Anthony
Museu Nacional, Estocolmo

Black Sabbath

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O bem que me soube ouvir de novo o Vol. 4.,
a vinte e tal anos
e dois quilómetros
de distância,
literalmente.

segunda-feira, março 27, 2006

Caracteres móveis #68 - Victor Hugo

A dor é um fruto que Deus não faz surgir / Num ramo frágil demais para o suportar.

«A Infância» [Les Contemplations] / Poemas
(tradução de Manuela Parreira da Silva)

Hugo

domingo, março 26, 2006

Boas maneiras


Jimi Hendrix

Antologia Improvável #116 - Alexandre de Córdova

INCONSTÂNCIA

A Aquilino Ribeiro


Tenho, às vezes, vontade de deixar-te.
E tenho, às vezes, medo de perder-te.
Não sei, às vezes, se hei-de abandonar-te,
Não sei, às vezes, se hei-de mais prender-te.

Por mais que queira, às vezes, esquecer-te,
Por mais que entenda, às vezes, ignorar-te,
Sinto o desejo enorme só de ter-te
Junto de mim na ânsia de abraçar-te.

Por mais que feche os olhos p'ra não ver-te
Ainda te encontro mais por toda a parte,
Tenha embora vontade de esconder-te.

Vivo nesta tortura de buscar-te,
Nesta inconstância atroz de não querer-te,
-- Meu fugidio sonho da minha Arte.

Primavera Voluptuosa

sábado, março 25, 2006

1














Ia-me esquecendo: o «Abencerragem» faz hoje um ano.

Branquinho da Fonseca

Correspondências #38 - Branquinho da Fonseca a Carlos Queirós

Rua Avelar, 1 - Cascais

Meu Caro Carlos Queiroz

Retrato em que esteja só com o Regio, não encontrei. É verdade que tenho mais, mas não sei agora aonde. Verei se os encontro. Mas creio que em todas estaremos com outros amigos. Se não tiver muita pressa, em tendo as coisas mais arrumadas lhe direi.
Quanto à bio-bibliografia: nasci em Mortagua, no dia 4 de maio de 1905, estudei em Lisboa os primeiros anos do liceu e o resto em Coimbra, onde me formei em direito (4 de julho de 1930). Fui sócio fundador e director do Triptico e da Presença. Livros, tenho publicados os seguintes: Poemas (1926) -- Posição de Guerra (1928) -- Mar Coalhado (1931) -- Zonas (1932) -- Caminhos Magnéticos (1938) Teatro I (1940).
Está no prelo «O Barão» (novela); na forja «A Porta Ferrea» (romance) e na gaveta: o «Vento de Longe» (poemas) e «Arredores do Mundo» (poemas em prosa).
Aqui tem tudo o que quere e mais alguma coisa, pois creio que só lhe interessa o que já foi publicado.
Disponha sempre
do seu amigo e admirador
Branquinho da Fonseca
Cascais
4-XII-41
fac-símile in Boletim Cultural, n.º1, Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas, Fundação Calouste Gulbenkian
(direcção de David Mourão-Ferreira)

Carlos Queirós

Boas maneiras

Kevin Rowland

A Missão















1ª edição (1954)
Capa de Roberto Nobre

Figuras de estilo #25 - Ferreira de Castro

A sua voz parecia escorregar por um precipício, ao mesmo tempo urgente e tímida.

A Missão

Castro

sexta-feira, março 24, 2006

estampa XXVIII

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Camille Pissarro, Praça em La Roche-Guyon
Galeria Nacional, Berlim

quinta-feira, março 23, 2006

Serenata autonómica

coito pita
coito pita
coito pita
jaime ramos
coito pita

jaime coito
pita ramos
pita coito
jaime pita

pita pita
coito coito
coito jaime
jaime jaime
jaime jaime

Antologia Improvável #115 - José Craveirinha (2)

1.ª ODE AO INVERNO

Ainda é manhã cedo
e nas ruas ninguém.
Só o homem do lixo embrulhado
em mortalha de ganga e cacimba
despejando latas ao ladrar dos cães.

Nas casas
ainda
todas as portas cerradas.

Mas na manhã cedo
ao raivoso rosnar dos cães
só o homem do lixo...
o homem do lixo...
... do lixo
e mais ninguém.

Manhã-cedo nas terras ardentes do sul
e nas cidades homens e crianças
coitados ainda ainda dormindo.

Karingana ua Karingana / Obra Poética -I

Craveirinha

quarta-feira, março 22, 2006

Tal como Gramsci e a sua mãe, o único paraíso que concebo situa-se no coração dos meus.

terça-feira, março 21, 2006

estampa XXVII

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Pablo Picasso, Repasto Frugal
Museu de Arte Moderna, Nova Iorque

Caracteres móveis #67 - Álvaro Ribeiro

À expressão escrita é preferível a expressão oral, quando radiante de verdade e de beleza, porque esta aproxima a filosofia da vida. À leitura do Livro é preferível a contemplação da Natura, de todos os seus espectáculos e eventos.
O Problema da Filosofia Portuguesa

segunda-feira, março 20, 2006

Antologia Improvável #114 - Carlos de Oliveira (3)

SESTA

Dentro do bosque
os passos dum caçador.
Dentro da sombra
a cobra do calor.

E dentro do meu sono
outro sono maior.

Estalando as folhas secas
vai a cobra invisível.
Nas mãos do caçador
ainda a vida é plausível.

Só dentro do meu sono
toda a morte é possível.

Colheita Perdida / Trabalho Poético

Boas maneiras

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Steve Harley

domingo, março 19, 2006

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Ontem fomos todos ver esta boa sequela do clássico dos anos quarenta do passado século, com actualização ideológica (reforço da mensagem ecológica, valorização da paternidade) e técnica (há momentos de animação que, não sendo especialista, me parecem superiormente conseguidos). Tempo bem empregue -- até porque se tratou da primeira ida ao cinema da minha filha mais nova...

Correspondências #37 - Francisco Mendes de Góis, enviado de D. João V em França, ao Cardeal da Mota

Emimo. Sor.
Meu Sôr. Não havendo apparencias de expedir tão depressa algum expresso, inclui no masso que partio em 8 deste mez hum anel com hum rubim e cercadura de brilhantes e vivo com dois grandes sustos: se chegará com segurança e se agradará a V. Eminª.
Agora me consumo mais, pois se offerece a occasião deste expresso por haver chegado aqui da India o Coronel Don Alvaro Marquez Cardoso de Cienfuegos, segundo me constou pelos seus Passaportes e mais papeis.
Elle me requereo que despachasse logo este expresso, e tambem me obrigou a escrever a copia do Tratado de Pax, Liga, Feudo e vassallagem que se concluhio em Surrate no mez de Ianeiro proximo passado, o qual não quiz confiar a outra pessoa (que o copiasse) pelo muito que importa o Segredo.
Tudo isto fiz e faço sem saber se obro bem ou mal, mas confesso que me pareceo era conveniente de executar com deligencia tudo o que o dito Coronel me pedia, pois que tudo me parece interessa o Serviço Real.
Eu estou sem cabeça nem mão capaz de alargar-me mais. Esta ajuda me faltava para perder totalmente os sentidos, pois sou obrigado no mesmo tempo de fallar com hum Cento de pessoas, e de escrever o Tratado e Cartas porq. senão detenha o expresso. As encomendas crescem cada dia mais.
A Pessoa de V. Eminª. me gde. Deos por dilatados annos como desejo e hey de mister.
Paris 20 de Agosto de 1720.
De V. Eminª.
Creado mais fiel e mais obrigado
Franco. Mendes de Goes
In J. M. Cordeiro de Sousa, Colectânea Olisiponense, vol. II

estampa XXVI

Edvard Munch, Auto-retrato com Cigarro Aceso
Galeria Nacional, Oslo

sábado, março 18, 2006

Os pais de Spirou


Spirou é um ícone belga, e talvez o maior da BD, logo depois do seu rival Tintin. Mas, ao contrário do jovem repórter, que apenas conheceu a autoria de Hergé -- embora com os traços auxiliares de Jacobs, De Moor, Martin ou Leloup --, no caso do famoso groom a paternidade tem sido largamente partilhada, desde a criação de Rob-Vel, em 1938, com destaque para o grande Franquin (criador de Gaston Lagaffe e do Marsupilami) e também para a interessantíssima dupla Tome & Janry, igualmente autores da série O Pequeno Spirou.
O Musée de la Poste de Paris tem patente, até 7 de Outubro, uma exposição intitulada «Spirou -- Tels pères, tels fils», com muitos espécimes de interesse, destacando-se pranchas originais dos desenhadores.
A propósito, Spirou está neste momento a conhecer um processo criativo praticamente sem paralelo na BD europeia, mesmo considerando o caso Blake & Mortimer: para além das edições da dupla que assegura a continuidade da série, Morvan e Munuera, surgiram mais três albuns (Éditions Dupuis) com assinatura de três autores -- ou duplas -- distintas, convidados a engendrar novos e aventurosos desafios ao amigo de Fantásio, originando a série paralela «Une Aventure de Spirou et Fantasio». São eles: Les Marais du Temps, por Frank Le Gall; Le Tombeau des Champignac, por Tarrin e Yann; e Les Géants Pétrifiés, por Yoann e Vehlmann. Esperemos que a Asa, actual chancela portuguesa, os publique a todos.

Spirou: de Rob-Vel a Tome & Janry


Antologia Improvável #113 - José Correia Tavares

Acácia contra o crepúsculo,
Outono, fundo vermelho,
Cor da seiva em cada músculo
Antecipando ouro velho.

Leitura dos Actos

Boas maneiras

Ian Gillan

sexta-feira, março 17, 2006

Redundante

Viena d'Áustria

Veneza d'Áustria

Viana d'Áustria

Viana do Castelo d'Áustria

estampa XXV

Salvador Dalí, A Persistência da Memória
Museu de Arte Moderna, Nova Iorque

Infortúnios da virtude




















David Cronenberg,
A History of Violence
categoria: filmaço

quinta-feira, março 16, 2006

Figuras de estilo #24 - José Duarte

indo lá pondo-se!
português popular português rico português antigo português de [Covas
dois gerúndios
minha tia Emília ensinara-me uma forma gramatical portuguesa [com swing
nem o presente nem o futuro só o gerúndio mexe
só o gerúndio nos foge
swingando

Cinco Minutos de Jazz -- 40 Anos

Jazzé Duarte


















Desenho de André Carrilho

quarta-feira, março 15, 2006

Antologia Improvável #112 - Carlos de Oliveira (2)

SONETO

Acusam-me de mágoa e desalento,
como se toda a pena dos meus versos
não fosse carne vossa, homens dispersos,
e a minha dor a tua, pensamento.

Hei-de cantar-vos a beleza um dia,
quando a luz que não nego abrir o escuro
da noite que nos cerca como um muro,
e chegares a teus reinos, alegria.

Entretanto, deixai que me não cale:
até que o muro fenda, a treva estale,
seja a tristeza o vinho da vingança.

A minha voz de morte é a voz da luta:
se quem confia a própria dor perscruta,
maior glória tem em ter esperança.

Mãe Pobre / Antologia Poética

Carlos de Oliveira














Por Mário Dionísio

estampa XXIV

Albrecht Dürer, Retrato de Jovem Veneziana
Kunsthistorisches Museum, Viena

terça-feira, março 14, 2006

Memória

nunca escrever
lábio a lábio
ou sílaba a sílaba
nem
rente ao que quer que seja
nunca falar
das zínias
e das tílias
(e agora também do hibisco)
fugir
do levedar
e do lêvedo

28-V-2003

segunda-feira, março 13, 2006

Figuras de estilo #23 - Guerra Junqueiro

O verso é mais belo do que a prosa, porque estabelece entre as palavras uma amizade mais estreita. Um verso errado é um delito.
O que É a Terra? -- O Verbo Cantar -- O que É a Vida?

Junqueiro

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domingo, março 12, 2006

Boas maneiras

Stephen Stills

Antologia Improvável #111 - Admário Ferreira

Becos ermos, noite escura;
Para meu medo espantar
Em tão horrenda amargura
Afoito-me a assobiar...

Escrínio de Cem Beijinhos

estampa XXIII

Sandro Botticelli, Primavera
Galleria degli Uffizi, Florença

sábado, março 11, 2006

Wenceslau de Morais

Correspondências #36 - Wenceslau de Morais a Bento Carqueja

Kobe, 14 de Outubro 1902
Consulado de Portugal
em
Kobe e Osaka
Meu presado Amigo e
Snr. Bento Carqueja
Respondi à sua amável carta de 3 de Setembro, a qual muito agradeço.
O pintor que fez os dois desenhos que lhe enviei para o «Numero Illustrado» do «Commercio do Porto» chama-se Asano Koshinu, e é um modesto operário da imprensa e lithographia Seikôdô, estabelecida em Kobe, Sannomiya-machi, ni-chome. Modesto e bem modesto, que nunca pensou sequer em vêr o seu nome laureado em qualquer parte; mas é que estes japonezes, por mais humildes, possuem as mãos mais habilidosas que se conhece.
O nosso homem ganha talvez uns 200 reis diarios ou pouco mais na officina onde trabalha. Se passar por um grande pintor ahi no nosso meio, melhor talvez para o effeito desejado. O caso é que, tendo-lhe eu dado os croquis da minha lavra, elle executou a obra com a mesma modestia do que se tivesse caiado um muro... e levou mais barato do que se caiasse o muro.
Não tenho «carta do Japão» feita; irá brevemente.
Com a maior consideração e estima
de V. Ex.ª
Admirador e Amigo Obgd.mo
Wenceslau de Moraes
In Jorge Dias, No Ádito da Ásia -- Episódios da Aventura Portuguesa no Oriente

Bento Carqueja

sexta-feira, março 10, 2006

Boas maneiras

Rory Gallaggher
fotografia de Rick Walton

Antologia Improvável #110 - Manuel Laranjeira

VENDO A MORTE

Em tudo vejo a morte! E, assim, ao ver
Que a vida já vem morta cruelmente
Logo ao surgir, começo a compreender
Como a vida se vive inutilmente...


Debalde (como um náufrago que sente,
Vendo a morte, mais fúria de viver)
Estendo os olhos mais avidamente
E as mãos p'ra a vida... e ponho-me a morrer.

A morte! sempre a morte! em tudo a vejo,
Tudo ma lembra! E invade-me o desejo
De viver toda a vida que perdi...

E não me assusta a morte! Só me assusta
Ter tido tanta fé na vida injusta
...E não saber sequer p'ra que a vivi!

Comigo / Líricas Portuguesas 2ª Série
(edição de Cabral do Nascimento)

Laranjeira



















Desenho de Nuno
(E. S. Manuel Laranjeira,
Espinho)

quinta-feira, março 09, 2006

Estou culinário.

quarta-feira, março 08, 2006

Tão lindos...




SLB
SLB
SLB SLB SLB!

Uma ligação

















http://www.beatles.com/

Caracteres móveis #66 - Noam Chomsky

Você define-se sempre como um anarquista?
A anarquia encobre muitas coisas diferentes. Mas existe uma corrente no seio da anarquia que constitui a herança directa do liberalismo clássico, que se esforça por defender a liberdade e a democracia contra o capitalismo. Essas correntes anarquistas pretendem apresentar formas de organização susceptíveis de ajudar as pessoas a multiplicar os frutos da liberdade.
Os anarquistas foram sempre ligados a um princípio fundamental: toda a forma de autoridade, de hierarquia, deve ser posta em causa e deve provar o seu fundamento. Não há autojustificação que seja aceitável. Isto é de igual modo válido para as relações entre os pais e os filhos, os homens e as mulheres, no mundo do trabalho ou entre os Estados. É necessário referenciar todas as formas de autoridade e fazer com que as mesmas justifiquem a sua existência.
Alguma dessas formas de autoridade têm fundamento. Assim, as relações entre uma mãe e o seu filho são de natureza autoritária. Mas toda a forma de autoridade que não pode provar o seu fundamento é ilegítima, e temos o direito de a derrubar. Isto é verdade a todos os níveis, desde as relações individuais até às relações internacionais. Do meu ponto de vista, é esta a contribuição essencial do pensamento anarquista. Provém directamente das lutas populares, do iluminismo.
Duas Horas de Lucidez
(entrevistas com Denis Robert e Weronica Zarachowicz)
(tradução de Miguel Cardoso)

Chomsky

terça-feira, março 07, 2006

Antologia Improvável #109 - José Carlos González

DIA DE FIÉIS DEFUNTOS

Hoje é dia de eu estar
ao lado de uma sombra sossegada
enquanto um vento brando me desbrava
os campos que nunca consegui lavrar.

Hoje, porquê? Por dia de pensar
nos passos de minha mãe altiva e nobre
com a sua bengala de andar
uma velhice tão triste como pobre?

Dia de São-Ninguém, dizem os fados,
dia de quase todos os finados
com tabuletas às portas dos jardins.

Dia de saber que isto é assim:
uns quantos loucos, uns desafinados
no concerto geral que diz que sim.

Odelegias

estampa XXII

Columbano Bordalo Pinheiro, Concerto de Amadores
Museu do Chiado, Lisboa

segunda-feira, março 06, 2006

Fórmula

Uma biblioteca em casa, ao nosso dispor desde a infância. A colecção de contos da Atlântida, ou a da Arcádia, dirigida pelo Gaspar Simões. Soletrar nomes estranhos que soem bem: Erskine Caldwell, Ramón del Valle-Inclán, Somerset Maugham, Panait Istrati. Capas de Bernardo Marques e Victor Palla. [Possíveis reagentes para obter um bom leitor.]

A propósito

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Não desgostei do Crash, mas prefiro, sem hesitar, o filme que certamente o inspirou.

estampa XXI

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Gustave Doré, Dudley Street
Museu Britânico, Londres