O Ministério Público tornou inviável um programa que queria fazer dinheiro à custa da exploração infantil. Viva o MP! O Ministério Público está no encalço de criaturas duvidosas das magistraturas. Viva o MP! (No entanto, lá estava a imprensa do costume a registar tudo, prèviamente avisada por quem?...) O Ministério Público está a entalar dois titulares de cargos políticos que usaram o cartão de crédito para comprar livros (uns cartapácios de Direito, supõe-se) e revistas sociais (gastar dinheiro dos contribuintes a comprar a Caras ou equivalente deveria dar cadeia). Viva, portanto, o MP! (Também sei dizer bem do MP; e, já agora: 400 euros em livros e revistas é um mero desleixo, e como tal deve ser entendido; mas 13 mil euros, a confirmar-se, é ladroagem descarada.)
Entretanto, mãos largas e generoso com quem lhe vai ao pote, este mesmo estado não dispõe de verba para reparar meia dúzia de helicópteros Kamov, que deveriam estar ao serviço do Inem e da Protecção Civil.
4 comentários:
Pois, assino por baixo, só é pena é que aquilo que deveria estar supostamente sob Segredo de Justiça anda escarrapachado nas páginas dos jornais. Ora isto não é Justiça é um linchamento, antes mesmo dos arguidos (que não foram acusados, sequer ouvidos) terem oportunidade de se defenderem.
Como lhe disse, no dia em que um Tribunal Superior (ou o STJE) decidir que a violação do Segredo de Justiça fere de tal modo os direitos da defesa que o princípio da Legalidade Processual está posto em causa e o processo em questão deve ser deitado ao lixo, acabam-se as suas violações...
E sim, 400 € são um desleixo que deveria dar origem a uma multa, à reposição da verba e a um bom raspanete, já 13.000 é uma roubalheira, a confirmarem-se os factos, claro...
Será? Alguma imprensa oferece boas vantagens em troca. O processo seria deitado ao lixo, mas o escândalo permaneceria...
Acho que sim. Duvido que o que move quem viola a lei seja mera concupiscência pelo dinheiro. O objetivo é, parece-me, garantir a condenação antecipada dos investigados. A modos que, 'mesmo que o tribunal não te condene, acabas humilhado/a e nunca mais te levantas'. É do mais rasteiro que pode haver... Se a exoneração do investigado/acusado fosse automática em caso de violação do Segredo de Justiça (não pela Defesa, como é óbvio), pelo menos esse móbil desapareceria...
O mais certo é haver interesses convergentes de vária natureza. Como se combate, não sei nada daquelas orgânicas para ter uma ideia minimamente sustentável.
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