domingo, julho 13, 2008

song-heroes

Neil Young consegue combinar uma faceta de escritor de canções -- do melhor que tem a música popular anglo-americana -- com uma desconcertante personalidade de guitar-hero. Desconcertante, porque autêntica, sem cedência à mise-em-scène fácil. Foi o que sucedeu ontem, no Alive! 2008, em Algés. Um concerto notável. E eu não sei como ele, com 63 anos, ainda tem caixa craniana que lhe filtre as distorções da guitarra.
Uma palavra para Ben Harper, que veio depois: a escolha não poderia ter sido melhor. Harper é um músico de mão-cheia, concentra em si a boa tradição musical norte-americana. Tal como Young, percebe que o mundo e a vida são demasiado importantes para não merecerem mais do que canções ligeiras e/ou umbilicais.

2 comentários:

Huckleberry Friend disse...

Falhei estes dois velhos, mas vou estar no próximo: Leonard Cohen. Um céu de voz cava...

Ricardo António Alves disse...

Eu vou falhar esse. Enfim, não se pode ter tudo..
Um abraço.