terça-feira, abril 05, 2005

Lux Aeterna

Há na música uma superfície gélida que nos faz deslizar em plano inclinado até ao que a humanidade tem de mais recôndito: o medo. Ouvir este Ligeti é experimentar o grande deserto branco que o mundo pode ser, cheio de luz, mas sem rugas, sem uma flor.

2 comentários:

camponesa pragmática disse...

Pensei na Europa de Júpiter ao ler o post.
Eu estou agora mesmo (Outubro) a descobrir Ligeti, comecei a ouvi-lo há poucos dias, com "Lux Aeternae" e "Keyboard Works".
Conheces, de Antoine Brumel, «Et ecce terrae motus»? http://www.rondomagazin.de/klassik/olymp/cover/1002.jpg

R. disse...

Não, mas vou conhecer agora. Obrigado.