João IV, D. - Adeste Fideles.
sexta-feira, julho 31, 2015
terça-feira, julho 28, 2015
segunda-feira, julho 27, 2015
Se tivesse de escolher só uma música
De Night In The Ruts (1979), um dos melhores, ou o melhor álbum dos Aersomith, escolho esta versão, cujo original é dos Yardbirds (Jimmy Page é um dos autores e guitarrista).
O canto de Tyler está directamente proporcional à guitarra gemebunda de Perry, por sua vez à altura da de Page . Tem de ser-se muito bom para tocar assim. Os restantes, Hamilton, Kramer e Withford cumprem briosamente.
O riff é fantástico, o suporte sobre qual se derramam as distorções sensacionais de Perry & Tyler.
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sábado, julho 25, 2015
quinta-feira, julho 23, 2015
terça-feira, julho 21, 2015
segunda-feira, julho 20, 2015
sábado, julho 18, 2015
quinta-feira, julho 16, 2015
União Europeia: back to the drawingboard
A interessantíssima entrevista de Varoufakis ao New Statesman, publicada hoje pelo Diário de Notícias, é demonstrativa da toxicidade do Eurogrupo dentro da União Europeia. Não sei se esta ainda recuperará dos danos que lhe foram causados.
A moeda única, pelo menos, está ferida de morte, segundo alguns observadores; quanto ao resto, que é o mais importante, a união política propriamente dita, tudo está mais frágil. Passou-se paulatinamente da cooperação para a desconfiança e o ressentimento. O espírito europeu está moribundo.
Como me parece difícil que as instituições se auto-regenerem, a não ser através de abalos fortes, talvez seja preciso acabar com o Euro (ou repensá-lo profundamente) para que a União Europeia se salve. A evolução da Grécia será determinante, assim como o referendo em Inglaterra sobre a continuidade da sua permanência na UE.
Politicamente, o euro seria uma das coberturas desse edifício que vemos como União Europeia; mas, como muitos têm apontado, e desde há bastante tempo, uma união monetária sem uma união política do tipo federal não funciona. Nas últimas semanas, o tal espírito europeu foi cilindrado; se ele poderá ser ainda reactivado, essa é que é a questão. Porque, ao contrário do que a prática dos eurocratas demonstra, é a política que prevalece sobre tudo, e o tratamento humilhante que foi dado aos governantes gregos e, através deles ao seu povo, talvez em vez de amedrontar franceses, espanhóis, italianos, lhes acicate a repulsa por este domínio frio da Alemanha. Mas enquanto forem partidos como o Syriza ou o Podemos a ganhar, a situação ainda será gerível e civilizada; chegando a vez da Frente Nacional, au revoir União Europeia.
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quarta-feira, julho 15, 2015
Maria de Belém? É Marcelo logo à primeira volta.
Até tenho simpatia por Maria de Belém Roseira, mas não me passaria pela cabeça que pudesse ser candidata a PR.
Apesar de alguns elementos do PS estarem apostados em entregar a Presidência da República a Marcelo, ou até a Rio, ou até a Santana, não acredito que a direcção do partido seja tão fraca ou vá atrás da estupidez.
terça-feira, julho 14, 2015
segunda-feira, julho 13, 2015
figuras de estilo
«De toda a sua revolta, de todo o resumo dos seus pensamentos anteriores, foi só o que pôde arrancar do fundo da alma. Esperou pela resposta que não veio e depois, muito arreliado, virou-se para o outro lado da cama, com uma grande tristeza no coração.»
Antunes da Silva, Suão (1960)
incompetentes, irresponsáveis, doidos varridos...
...vou deitar-me com a noção de que o projecto europeu está a chegar ao fim, com este espectáculo sórdido de humilhação da Grécia, que -- creio e desejo -- ela recusará.
A União Europeia foi uma miragem que já está a ser destruída às mãos de políticos vesgos e eurocratas sem substância.
Pode ser que de manhã seja outro dia, e que o pior se tenha dissipado num assomo de lucidez. Pode ser, mas não será.
Quanto a nós, o melhor é pormos as barbas de molho, e voltar à vocação atlântica, em especial aos nossos vizinhos do Atlântico Norte, os Estados Unidos, que podem ser um seguro de vida, se não nos deixarmos transformar em protectorado.
Porque uma União Europeia assim é tóxica e não interessa, não nos interessa. E tutela por tutela, antes os americanos do que os alemães.
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domingo, julho 12, 2015
figuras de estilo
«Nada mais tenho a dizer. Lembrarei ainda, todavia, que se a minha narrativa divergir num ponto ou noutro do livro atrás referido, sou eu, como é óbvio, quem está na razão.».
Vergílio Ferreira, Manhã Submersa (1954)
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O Tsipras já "capitulou"? Então calem-se, pá! (É a prèssazinha de ser o primeiro a comentar na respectiva chafarica.)
Lembram-me o tontinho do telejornal, que até faz piruetas de gozo e baba.
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figuras de estilo
«A dúvida deste monólogo obrigou-o a sentar-se, pegar na caneta e escrever: "É preciso pensar, é preciso ver os desenhos no ar quando os pássaros estão a voar. Ai! Como são precisas novas palavras para estas formas --, umas são slaules, outras são flenes e ainda outras pioupes. Agarrar com as mãos cravadas as unhas até à chama do fogo e dizer: o passado está aqui, a saudade acabou, o mórbido desapareceu -- uma filosofia baseada no sacrifício e na bondade. Musicalidade adormecida pelo sonho de sons contínuo; embriagantes, loucurentos...»
Ruben A., «Sonho de Imaginação», Páginas I (1949)
quinta-feira, julho 09, 2015
Se pudesse escolher só uma música
Neste caso, não é bem assim, pois o YouTube não dispõe de todas as músicas deste álbum de 1960 -- That's Right!, de Nat Adderley and the Big Sax Secrion.
Mas escolho, sem ambages, o standard da dupla Kern-Hammerstein, «The Folks Who Live On The Hill», com extraordinário arranjo de Jimmy Heath, que beleza! A trompete de Nat a divagar (lembra-me um desenho de Júlio), o barítono de Tate Houston a pontuar, o passeio de mãos dadas da guitarra de Jim Hall e da flauta de Yusef Lateef, que acaba por soltar-se ao segundo solo, enquanto os pratos de Jimmy Cobb lhe marcam o ritmo. A singeleza, no melhor sentido da palavra.
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quarta-feira, julho 08, 2015
o homem do momento
Teve graça ver Guy Verhofstad a increpar Tsipras pela ausência de reformas na Grécia, as isenções da Igreja Ortodoxa, dos armadores, das forças armadas, tudo sectores caros ao primeiro-ministro grego. Em contrapartida, Tsipras lembrou ao Parlamento Europeu, respondendo a um deputado alemão do PPE, que a Alemanha, arrasada depois de duas guerras mundiais que provocou, com milhões de mortos, foi objecto da proclamada solidariedade europeia com o perdão de 60% da dívida alemã e adopção de políticas de estímulo ao crescimento alemão. Um directo seco, o alemão nem tugiu...
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antes ingénuo que cínico
Adversários de Pedro Passos Coelho têm verberado a aparição pública da mulher, na visita à terra-natal desta, Guiné, evidenciando os efeitos que provoca a quimioterapia a que está a ser sujeita, sendo o mais visível a queda do cabelo. Dizem os críticos que se trata de aproveitamento eleitoralista, apelando ao condoimento e compaixão.
Posso estar a ser ingénuo, e sei por experiência de vida que há gente capaz de tudo; mas não alinho nesse coro por duas razões: é preciso ser-se muito baixo para se aproveitar da doença grave do cônjuge em benefício próprio, por isso recuso-me a considerar que isso possa sequer ser equacionado pelo casal (não me refiro, é claro, a directores de campanha, mercenários e outros prostitutos).
Em segundo lugar, como nenhum de nós pode ter a certeza se se trata de aproveitamento ou, pelo contrário, de mera afirmação de vontade individual, a possibilidade de essa crítica, potencialmente áspera, ser injusta, torna-a cruel para quem a sofre. Por isso, não só não critico, como me recuso a acreditar que haja a procura da criação de um efeito de comoção geral a benefício do Governo. E digo mais: também para os críticos de Passos e do governo não vale tudo; mesmo que se possa pensar, há coisas que se devem calar. É um sinal de superioridade e civilização.
terça-feira, julho 07, 2015
segunda-feira, julho 06, 2015
Viva a Grécia, pá!
Há uma semana, pensava que o "Sim" iria ganhar; para o fim da semana, já admitia que os gregos, que não são mansos, pudessem reagir às pressões vergonhosas que iam sendo feitas, sendo a mais vergonhosa de todas a de Martin Schulz. Nunca pensei que o "Não" ganhasse com esta força. Vivam os gregos, pá!
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quinta-feira, julho 02, 2015
E se ganhar o 'Não', a UE faz o quê?...
Falemos de escolhas racionais, e não de dignidade, patriotismo, orgulho nacional, cultura -- coisas que não entram nas equações dos contabilistas e merceeiros ignorantes e pífios que têm dirigido a União Europeia. (Embora eu não seja nacionalista, credo!, sempre tem mais dignidade um sentimento nacional de revolta e indignação do que a apatia do rebanho a caminho do matadouro, como gostariam os eurocratas.)
O cidadão grego que se pronunciará no referendo de Domingo e queira tomar uma decisão racional, procurando retirar o país do impasse sem capitular diante das pressões (ou chantagem) dos credores / UE, terá como alternativa:
O cidadão grego que se pronunciará no referendo de Domingo e queira tomar uma decisão racional, procurando retirar o país do impasse sem capitular diante das pressões (ou chantagem) dos credores / UE, terá como alternativa:
1) votar 'sim' e ter a esperança que a UE, com o susto que apanhou resolva tratar da questão politicamente. Mas na UE, e em especial no Eurogrupo, já se sabe que quem manda é a Alemanha, cuja linha tem condicionado todo o processo. O único país capaz de enfrentar a Alemanha é a Inglaterra, que nem pertence ao Euro; as duas outras potências políticas e económicas ou estão subalternizadas (a ridícula França) ou estão a ver se passam por entre os pingos da chuva, em face dos seus próprios constrangimentos internos (Itália).
2) Votar 'não' e esperar que a UE acorde e, em face do golpe profundo no adulterado projecto europeu que ela representa, os dirigentes se consciencializem que tudo tem de ser repensado. O que, com eleitorados envenenados contra a Europa do Sul, como o alemão o holandês ou o finlandês, será mais difícil a cada dia que passa. Não há, porém, outra alternativa à sobrevivência da UE como projecto. Até porque, ao contrário do que dizerm para aí uns tontinhos, a ideia da Grécia como vacina só servirá para criar mais desconfiança no conjunto dos cidadãos europeus.
Não será bonito, de Bruxelas, olhar para o sudeste da União ('união', repare-se), e vê-lo a arder.
2) Votar 'não' e esperar que a UE acorde e, em face do golpe profundo no adulterado projecto europeu que ela representa, os dirigentes se consciencializem que tudo tem de ser repensado. O que, com eleitorados envenenados contra a Europa do Sul, como o alemão o holandês ou o finlandês, será mais difícil a cada dia que passa. Não há, porém, outra alternativa à sobrevivência da UE como projecto. Até porque, ao contrário do que dizerm para aí uns tontinhos, a ideia da Grécia como vacina só servirá para criar mais desconfiança no conjunto dos cidadãos europeus.
Não será bonito, de Bruxelas, olhar para o sudeste da União ('união', repare-se), e vê-lo a arder.
quarta-feira, julho 01, 2015
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