terça-feira, dezembro 31, 2013
segunda-feira, dezembro 30, 2013
domingo, dezembro 29, 2013
sábado, dezembro 28, 2013
bem escrito
«Primo Levi, Cormac McCarthy e uma banda norueguesa, três ângulos sobre a grande questão moral: se o apocalipse é às três da tarde, o que me leva a mudar a fralda à minha filha? Se o mundo vai acabar numa fornalha nazi, se a natureza vai destruir a humanidade, se Deus vai se derrotado, qual é o sentido da paternidade?»
Henrique Raposo, "Fazer filhos", Expresso #2148, 28 de Dezembro de 2013.
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sexta-feira, dezembro 27, 2013
quinta-feira, dezembro 26, 2013
terça-feira, dezembro 24, 2013
alegre Natal
Em casa da minha Avó Zé havia alguns discos de Natal, que ainda hoje conservo. Um deles, que acabo de pôr a tocar, é da alegre orquestra de James Last. Música não muito religiosa, que a religião na família oscilava entre a indiferença ou a hostilidade de quem crescera em ambiente de forte anticlericalismo. No entanto, e apesra de ateu, gosto muito do Natal, e não tenho pachorra para os humbuggers de trazer-por-casa; portanto, Feliz Natal!
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segunda-feira, dezembro 23, 2013
Nadezdha Tolokonnikova
Não é que eu aprecie por aí além a iconoclastia. Não pelas Igrejas em si, que não me merecem grande respeito, mas pelos crentes, desarmados diante do que não compreendem. Se, enquanto ateu, defendo a total liberdade, liberdade de não acreditar como liberdade de acreditar no que se quiser, desde que deixem os cidadãos em paz, também acho que deve haver limites auto-impostos perante o que os outros consideram sagrado (limites, dentro do razoável, claro).
Isto, a propósito das Pussy Riot. Em primeiro lugar, a especificidade russa, sempre com odores autocráticos: um país decente não condena a prisão pessoas por se manifestarem em templo, não tendo havido destruição de bens ou agressões físicas; nem manda mulheres para uma prisão na Sibéria; nem liberta umas e deixa outra na cadeia. Ainda por cima, mãe; ainda por cima, a única que não é de etnia russa, mas judia (e sabemos como os russos, e os alemães, e os franceses, e os espanhóis, e os portugueses, e os os ingleses, e...) têm as mão sujas neste particular persecutório...
E, ainda por muito acima, a mais gira de todas, de longe.
Em tempo: as últimas dão conta da libertação de Nadezdha. Mantenho o post, obviamente, por ter âmbito mais vasto. As questões étnicas que levantei não se verificaram, felizmente. É óptimo não ter razão em circunstâncias tais...
Em tempo: as últimas dão conta da libertação de Nadezdha. Mantenho o post, obviamente, por ter âmbito mais vasto. As questões étnicas que levantei não se verificaram, felizmente. É óptimo não ter razão em circunstâncias tais...
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domingo, dezembro 22, 2013
terça-feira, dezembro 17, 2013
segunda-feira, dezembro 16, 2013
P&R -- Joel & Ethan Coen
Ele é mais um falhado da galeria Coen... Alguém que passa ao lado de algo grande na vida. J.C. -- Não sei se podemos falar de um estereótipo do falhado nos nossos filmes. Nós nunca nos sentimos superiores às nossas personagens. Somos da mesma casta. Quer dizer, aquilo em que pensamos em primeira instância é na história, sempre na história, nunca na personagem. E é tão simples quanto isto: a personagem evolui com a história e torna-se mais ou menos estimulante por causa dela. E.C. -- Exacto. Além disso, eu nem sequer me consigo imaginar a escrever uma história sobre um gajo que triunfa na vida. Não consigo, juro! J.C -- Sim, seria terrível acabar um filme com um gajo desses... E.C. -- Um sinal de senilidade da nossa parte?
Entrevista a Francisco Ferreira, a propósito de Inside Llewyn Davis, Expresso / Actual # 2146, 14.XII.2013.
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domingo, dezembro 15, 2013
quinta-feira, dezembro 12, 2013
quarta-feira, dezembro 11, 2013
BANHISTAS
Banhistas,
de Nadir Afonso (Chaves, 20.XII.1920 -- Cascais, 11.XII.2013)
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terça-feira, dezembro 10, 2013
Com a minha idade, o meu pai já era um homem honrado
David Teles Pereira
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segunda-feira, dezembro 09, 2013
bem escrito
«[Camus] Defendia a liberdade de consciência e a "boa-fé", convicções fatais para quem está em política, domínio dos dogmatismos e da má-fé organizada.»
Pedro Mexia, «Camus, a testemunha», Expresso / Actual #2145, 7.XII.2013.
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domingo, dezembro 08, 2013
não estava preparado, mas adaptei-me
From Dusk Till Down ("Aberto até de Madrugada"), de Robert Rodriguez (1996).
Quando o vi pela primeira vez, nem sabia quem diabo era o Robert Rodriguez. Pus-me, portanto, a ver um road movie com dois psicopatas (Tarantino mais que Clooney) em fuga, sequente e habitual sequestro de família, pai viúvo, pastor que perdeu a fé (deslumbrante Harvey Keitel) e casalinho adolescente (ela é Juliette Lewis). Tiros, pancadaria, esgares maníacos (Tarantino) e crueldade moderada (Clooney, esplêndido moderador...), quando, passada a fronteira, aguardam contacto num bar cheio de mulherio (inesquecível Salma Hayek). Só não estava à espera de zombies (Tarantino é o autor do argumento)... Mudado o registo, a adaptação é fácil, filme que se revê muito bem, um must do género.
quinta-feira, dezembro 05, 2013
Nelson Mandela
Poucos homens na história da humanidade conseguiram, pela acção, tornar o mundo melhor. Nelson Mandela foi um desses raros.
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quarta-feira, dezembro 04, 2013
terça-feira, dezembro 03, 2013
mansos, mas perigosos
Trata-se de uma meia verdade. Nem vale a pena irmos aos Lusitanos, esse beirões bárbaros, para lembrarmos como foi dura a conquista romana ("não se governam nem se deixam governar", não é?). Este país fez-se à estalada, e os quase nove séculos que leva de existência ininterrupta (a união filipina foi isso mesmo, a junção, e não a fusão de duas coroas), não permitem que nos possamos caracterizar como bons de assoar. É Manuel Alegre quem costuma dizer que a história dos brandos costumes é uma treta. Basta lembrarmo-nos da sangrenta guerra civil ou, anos antes, das invasões napoleónicas, em que francês capturado era francês grelhado ou crucificado como um cristo numa superfície de madeira mais à mão, até apodrecer; e também não foi com suavidade que sustentaram uma guerra colonial em três frentes durante treze anos; como não tinham sido gentis no Índico, uns séculos antes, passando a fio de espada populações autóctones ou pondo a tormento os comandantes de barcos inimigos, antes de os incendiarem e afundarem, com as tripulações lá dentro...
Os portugueses serão mansos, até se sentirem acossados. Nessa altura mostram a sua natureza de animais ferozes, gente que joga à bola com as cabeças decepadas dos inimigos, que amputa os seios às mulheres, que fabrica cristos de carne e osso.
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Rui Nunes
P&R -- Rui Nunes
É quando a pátria está longe que ela nos remete para um sentimento de pertença? Sim. É o sentimento de uma ligação ao um sítio, mas essa ligação é feita através da memória. Muitos dos portugueses que emigram fazem-no sempre a pensar em regressar. Mas depois não regressam. Vêm e vão-se embora. Se lhes perguntarmos se têm saudades da pátgria, eles respondem que sim, mas na verdade não têm. O que têm é saudades da existência de uma terra que foram recriando com o afastamento, mas que não é a terra real que os espera. Entrevista a Alexandra Carita, Expresso / Actual #2144, 30.XI.2013.
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segunda-feira, dezembro 02, 2013
2 DIAS EM PARIS, alleniano q.b.
De Julie Delpy (2007).
Filmezinho de fim-de-semana, com olhar desabusado sobre os franceses e seus estereótipos, como talvez só uma francesa o pudesse fazer, bem.
A cena da vernissage é hilariante.
Dei 8/10 estrelas no imdb.
Filmezinho de fim-de-semana, com olhar desabusado sobre os franceses e seus estereótipos, como talvez só uma francesa o pudesse fazer, bem.
A cena da vernissage é hilariante.
Dei 8/10 estrelas no imdb.
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Woody Allen
domingo, dezembro 01, 2013
bem escrito
«Quem na Igreja Católica esperava ar fresco sentiu que "A Alegria do Evangelho" lhe dizia respeito; quem no mundo se indigna com os predadores reconheceu o que quer dizer que "esta economia mata".» Francisco Louçã, «A cavalaria prussiana contra o Papa», Expresso / Economia #2144, 30.XI.2013
bem escrito
«Não há poder financeiro global, existe apenas um sistema internacional da finança que tenta sobreviver. Há assim que lhe impor, igualmente, austeridade, para que todos possamos sair dela, a tempo.» João Caraça, «A globalização é uma treta», Expresso # 2144, 30.XI.2013
bem escrito
«Um governo sem núcleo político é uma chuva de meteoros. Os ministros seguem mais ou menos na mesma órbita, mas cada um vai para seu lado.» Ricardo Costa, «Três coisas estranhas e uma sensata», Expresso #2144, 30.I.2013.
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