quinta-feira, julho 28, 2011
revisitação - Bordalo e Eça
«Honni Soit...», de Rafael Bordalo Pinheiro. Eça no «Álbum das Glórias»: franzino e de má cor e piedosamente mordaz. Um génio retratado por outro.
Etiquetas:
Eça de Queirós,
Rafael Bordalo Pinheiro
quarta-feira, julho 27, 2011
revisitação - Natalie Cole
Natalie Cole, «Mr. Paganini». Espantosa Natalie na performance, com acompanhamento de luxo, e na evocação do seu pai e de Ella.
terça-feira, julho 26, 2011
segunda-feira, julho 25, 2011
brilhante e encantadora
Acabo de saber, pelo Notas Verbais, da morte de Maria Lúcia Lepecki.
Estive com ela apenas uma vez: convidei-a para falar de Afonso Lopes Vieira, no Museu Condes de Castro Guimarães, no âmbito das «Conversas de Cascais», nos idos de 90.
Jantámos no Marégrafo, e foi fascinante -- tal como eu suspeitava que seria, conhecendo-a apenas do papel impresso.
foto: Público
Etiquetas:
Afonso Lopes Vieira,
blogosfera,
Cascais,
Maria Lúcia Lepecki
domingo, julho 24, 2011
sábado, julho 23, 2011
à atenção do dr. Júlio de Matos
E o que faz um nacionalista norueguês da extrema-direita, xenófobo, cristão, anti-islâmico? Mata noruegueses cristãos...
É a lógica da extrema-direita xenófoba, que nem o meu cão percebe. Nós é que não estamos a ver bem a profundidade daquele pensamento.
Etiquetas:
da impaciência,
do indizível,
do mundo,
Noruega
sexta-feira, julho 22, 2011
O único sentido íntimo das cousas / É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Alberto Caeiro
Etiquetas:
Alberto Caeiro,
Fernando Pessoa
quarta-feira, julho 20, 2011
caracteres móveis - Azorín
Como és el mar? Qué dice el mar? Qué se hace en el mar? Recordemos, como primera visión, las playas largas, doradas y solitarias; una faja de verdura se extiende, dentro, en la tierra, paralela al mar; el mar se aleja immenso, azul, verdoso, pardo, hacia la inmensidad; una banda de nubencillas redondeadas parece posarse sobre el agua en la línea remotísima del horizonte. Nada turba el panorama. La suave arena se aleja a un lado y a otro hasta tocar en dos brazos de tierra que se internan en la agua; las olas vienen blandamente a deshacerse en la arena; pasa en lo alto, sobre el cielo azul, una gaviota.
Castilla
segunda-feira, julho 18, 2011
domingo, julho 17, 2011
revisitação - Nat King Cole
Nat King Cole, «Route 66». Um crooner dos diabos (se assim o posso dizer) e um pianista de mão(s) cheias(s).
sábado, julho 16, 2011
caracteres móveis - Azorín
No puede ver el mar la vieja Castilla: Castilla, con sus vetustas ciudades, sus catedrales, sus conventos, sus callejuelas llenas de mercaderes, sus jardines encerrados en los palacios, sus torres con chapitelles de pizarra, sus caminos amarillentos y sinuosos, sus fonditas destartaladas, sus hidalgos que no hacen nada, sus muchachas que van a pasear a las estaciones, sus clerigos con los balandranes verdosos, sus abogados -- muchos abogados, infinitos abogados -- que todo lo sutilizan, enredan y confunden.
Castilla
quinta-feira, julho 14, 2011
JornaL - Pedro Cabrita Reis e Eugénio Lisboa, ironia dita e praticada
No JL de hoje, num abecedário pessoal, letra H, de Humor, por Pedro Cabrita Reis: «[...] só as pessoas inteligentes têm a capacidade de humor. As que por qualquer razão desistiram de ser inteligentes ou de aprofundar a sua inteligência perderam também essa capacidade. No pior dos casos, tornaram-se sarcásticas, perdendo duas vezes a inteligência.»
É verdade, digo eu, que aqui me tenho queixado das minhas oscilações entre o ironista e o sarcasta, com pendor para este último estado, tão desgastante que só posso ser burro.
Eugénio Lisboa, na sua coluna «Pro memória»: «Basta que um clerc de grande prestígio (merecido ou não) declare uma obra "genial", ou apenas "deslumbrante" ou "estimulante", para que toda a arraia miúda se derrame em orgasmos de admiração, que invadem mestrados, doutoramentos e pós doutoramentos.. Absorver a inovação já não requer tempo, meditação, estudo, paciência, leitura obstinada... Damos ao mundo, como se diz por aí [...], um exemplo histórico de não resistência à mudança. Seria belo, se fosse sincero e profundo. Mas sê-lo-á?»
É verdade, digo eu, que aqui me tenho queixado das minhas oscilações entre o ironista e o sarcasta, com pendor para este último estado, tão desgastante que só posso ser burro.
Eugénio Lisboa, na sua coluna «Pro memória»: «Basta que um clerc de grande prestígio (merecido ou não) declare uma obra "genial", ou apenas "deslumbrante" ou "estimulante", para que toda a arraia miúda se derrame em orgasmos de admiração, que invadem mestrados, doutoramentos e pós doutoramentos.. Absorver a inovação já não requer tempo, meditação, estudo, paciência, leitura obstinada... Damos ao mundo, como se diz por aí [...], um exemplo histórico de não resistência à mudança. Seria belo, se fosse sincero e profundo. Mas sê-lo-á?»
Etiquetas:
da impaciência,
Eugénio Lisboa,
Pedro Cabrita Reis
terça-feira, julho 12, 2011
segunda-feira, julho 11, 2011
domingo, julho 10, 2011
sábado, julho 09, 2011
sexta-feira, julho 08, 2011
revisitação - James Gillray
Galeria: James Gillray, «O Plum-Pudding em Perigo». Se não nos pusermos a pau, qualquer dia a Europa (cujas potências, a bem dizer, nunca deixaram de ter este tipo de comportamento) terá de se defrontar com situações semelhantes, com melhores ou piores maneiras.
Está no Museu Britânico
Etiquetas:
do mundo,
James Gillray
quinta-feira, julho 07, 2011
a propósito das barbas de Pérez Rubalcaba
Alfredo Pérez Rubalcaba, futuro líder da oposição espanhola, disse que a Espanha não é Portugal, nem é a Grécia. E tem o ainda ministro inteira razão. Se as coisas continuarem a rodar desta maneira, a Espanha vem a seguir. E vindo a segui, a Espanha, país artificial, extingue-se. A Catalunha será a primeira região a tornar-se independente -- independência que eles almejam tanto quanto os bascos, que farão o mesmo um dia depois, talvez acompanhados por Navarra, prevendo-se que boa parte da comunidade valenciana com as Baleares se possam congregar com os catalães. Dois dias mais tarde, estando o estado espanhol, como hoje o conhecemos, ferido de morte, não se prevê que a Galiza fique quieta.
Rubalcaba é uma boa amostra da mediocridade dos líderes políticos europeus: está a pôr as barbas de molho, sem querer ver que o fogo da casa do vizinho já passou para a sua.
Rubalcaba é uma boa amostra da mediocridade dos líderes políticos europeus: está a pôr as barbas de molho, sem querer ver que o fogo da casa do vizinho já passou para a sua.
Etiquetas:
A. Pérez Rubalcaba,
do mundo,
Espanha,
UE
quarta-feira, julho 06, 2011
a Moody's e a piada negra do dia
ouvi-a ao bom do António Macedo, na Antena 1: os círculos económicos e financeiros estariam estupefactos com a recente decisão de promover a lixo a nossa dívida pública...
E fico sonhador quando leio Faria de Oliveira a clamar contra o "insulto" e a "imoralidade" da Moody's ou Mira Amaral a qualificar como terrorista a dita agência. Cavaco tem de puxar-lhes as orelhas: não se trata assim os mercados. Carneiros e cordeirinhos até à degola.
Etiquetas:
António Macedo,
Cavaco Silva,
da impaciência,
da pólis,
Faria de Oliveira,
Mira Amaral
terça-feira, julho 05, 2011
Antologia Improvável #476 - Frederico Barbosa (2)
MEMÓRIA SE
A mais íntima
memória se
desdobra cega
e surda:
a presença tátil
de suas dobras
incrustadas
nas marcas linhas
das minhas mãos.
O gosto redondo
do seu corpo
na retina língua
do meu gesto
ou rosto.
E seu perfume
rio riso colorido
escorrendo
sobre o corpo
sopro e calor.
Memória se
deseja. O resto,
se ouça ou veja.
Na Virada do Século -- Poesia de Invenção no Brasil
(edição de Claudio Daniel e Frederico Barbosa)
A mais íntima
memória se
desdobra cega
e surda:
a presença tátil
de suas dobras
incrustadas
nas marcas linhas
das minhas mãos.
O gosto redondo
do seu corpo
na retina língua
do meu gesto
ou rosto.
E seu perfume
rio riso colorido
escorrendo
sobre o corpo
sopro e calor.
Memória se
deseja. O resto,
se ouça ou veja.
Na Virada do Século -- Poesia de Invenção no Brasil
(edição de Claudio Daniel e Frederico Barbosa)
Etiquetas:
Claudio Daniel,
Frederico Barbosa
segunda-feira, julho 04, 2011
domingo, julho 03, 2011
o meu Doc Europa II - II
Mum, de Adelheid Roosen (Holanda, 2009, 20'). O centro do documentário é a mãe da realizadora, doente de Alzheimer, internada num lar. As duas filhas e o genro entregam-se em grande ternura àquele ser tão importante para as suas vidas. À impotência diante a demência e a regressão inexorável e desarmante, só o amor, pleno de carícias e contacto físico pode aplacar, ainda que minimamente, a provação por que passam as pessoas cujos familiares mais próximos padecem como a protagonista deste filme. Gostei, em particular, da forma como Adelheid Roosen se capta a si própria com a mãe.
Etiquetas:
Adelheid Roosen,
do amor,
do cinema,
do medo
sábado, julho 02, 2011
revisitação - The Beatles
The Beatles, «I Saw Her Standing There». Os Fab Four no ano em que nasci. No solo, creio que do Harrison, o realizador captou o Ringo... apesar de tudo, muito bem captado.
Etiquetas:
da música,
The Beatles
sexta-feira, julho 01, 2011
O mau quer do formoso fazer feio, / O bom quer do feio fazer formoso, / Um vazio do mal, o outro cheio, / Um desditoso enfim, outro ditoso.»
Frei Agostinho da Cruz
Etiquetas:
Frei Agostinho da Cruz
Subscrever:
Mensagens (Atom)