conservador-libertário, uns dias liberal, outros reaccionário. um blogue preguiçoso desde 25 de Março de 2005
quarta-feira, novembro 13, 2024
o que está a acontecer - escrita armada
«Um dia, numa floresta, ao entardecer, quando por sobre as frondes ressoavam as buzinas dos porqueiros, e lentamente na copa alta dos carvalhos se calavam as gralhas, um lenhador, um servo, de surrão de estamenha, que rijamente trabalhara no souto desde o cantar da calhandra, prendeu a machada ao cinto de couro, e, com a sua égua carregada de lenha, recolheu pelos caminhos da aldeia, ao castelo do seu Senhor.» Eça de Queirós, S. Cristóvão (C. 1891/1912)
em que se parecem o sionismo expansionista e o proselitismo 'woke'?
...Na profunda desonestidade intelectual e no exercício de amalgamar alhos e bugalhos, lançando a confusão nos incautos,
O sionismo expansionista racista no poder em Israel procura confundir com antissemitismo as críticas à brutalidade, selvajaria e prática de crimes contra a Humanidade perpetrados pela tropa israelita contra todos os palestinos da Faixa de Gaza. Estes agentes do massacre, da limpeza étnica -- e porque não dizê-lo, mesmo se juridicamente possa ser controverso? -- do genocídio, são os primeiros a desonrar os seus compatriotas e antepassados exterminados pela perversão nazi, maligna, patológica e cobarde -- basta ver a ignomínia da utilização da estrela de David à lapela pelo embaixador israelita na ONU. Para eles, o sagrado, a honra, a memória não existe, ou é cinicamente instrumental, intimidando os críticos com espúrias conexões entre quem os critica e presumíveis tendências ou cumplicidades neonazis. Um embuste que colhe entre os ingénuos e os burros do costume.
O proselitismo woke sempre que é criticado ou atacado na sua insanidade evangelizadora (v.g. a chamada "linguagem inclusiva"), que além de incrivelmente tonta é formalmente, ou seja, gramaticalmente errada (todes, presidenta, etc), procura proteger as suas orientações de manicómio com manobras de confusão, sempre para os mesmos ingénuos, ou apenas burros, com vénia para o quadrúpede, recorrendo a várias formas de desarmar os opositores, entre a mistificação e a intimidação, a saber:
a) misturar causas nobres, como o antirracismo, com as suas aberrações: ao associar um combate nunca terminado à discriminação racial com a promoção de idiotices como a chamada "identidade de género", procura limitar os críticos, pois ninguém bem formado quer ver-se associado a mínima tolerância para com a desigualdade em função do género, etnia, religião ou orientação sexual -- que é outra coisa, dando desta forma cobertura a obscenidades como a que sucedeu numa prova de boxe nos últimos Jogos Olímpicos , em que um homem apresentado como mulher massacrou a atleta que se lhe opunha, com justificada revolta desta, a contemporização cobarde dos dirigentes olímpicos e federativos, e o furor censório-inquisitorial dos evangelistas do costume;
b) diminuir os opositores com a classificação dos críticos como pertencentes à extrema-direita -- como há dias fez uma das irmãs Mortágua, já não me lembro qual. Truque velho que funciona com os medrosos e os videirinhos do costume, que nunca se comprometem.
c) a defesa do relativismo cultural, até onde eles próprios tiverem coragem de o fazer. Não conheço wokes que defendam a burka (talvez exceptuando uma espécie de fato de banho que deu que falar há uns anos) ou a excisão genital feminina. A tal eles não se atrevem, mas pouco escapa, em nome de um falso respeito pela identidade cultural desta ou daquela etnia, marimbando-se para o facto de em várias circunstâncias essa pseudo-assunção identitária ser uma imposição brutal, machista e aqui sim, patriarcal. Por exemplo, a obrigatoriedade do uso do véu islâmico, que todas as verdadeiras feministas contestam (aí está a corajosa e brava Narges Mohamadi), para vergonha destes activistas de pacotilha. E nunca me esquecerei, a propósito, de, num momento de grande infelicidade, numa entrevista ou programa da Antena 1, Miguel Portas referir-se a como o chador realçava a sensualidade da mulher muçulmana... deve ser por essa razão que as mulheres iranianas -- das mais belas que a Humanidade criou --, quando se apanham fora do jugo dos aiatolas mandam às malvas essa pretensa sensualidade...
Como dizia o velho Jorge Amado, a ideologia falsifica (posso dar a referência bibliográfica, com indicação do número de página, onde este romancista e verdeiro activista anti-racista sustentou o que acaba de ser referido).
4 versos de Camões
«Por estes vos darei um Nuno fero, / Que fez ao rei e ao Reino tal serviço; / Um Egas e um Dom Fuas, que de Homero / A cítara para eles cobiço;»
Os Lusíadas I-12 (1572)
ucraniana CCLXVII - com a Ucrânia à beira da capitulação, os amigos do Zelensky já têm chiliques em directo
Parei excepcionalmente na sic-notícias, falava o general Pinto Ramalho, a quem já ouvira abordagens sérias a respeito desta guerra. Era raro vê-lo, especialmente porque tinha em frente ou ao lado uma diversificada cópia de comentadores, entre o oportunista, o ignorante e o asno. Hoje, diante de um alucinado que já só faltava ele próprio envergar o uniforme e ir de armas na mão combater os russos na Ucrânia -- está-se mesmo a ver --, o pobre do general, certamente confuso pela insânia ao vivo -- diz que é para a defesa do mundo livre, claro que foi isso mesmo que os americanos andaram a fazer o belo trabalho dos últimos anos, a trabalhar pelo mundo livre, como é seu timbre... --, diante de tanto espasmo bélico, apoiado em camadas grossas de mistificação ou ignorância de académico marrão -- resolveu pôr fim à função, recusando-se continuar a debater.
E a débâcle ucraniana só agora se começa a ver, pese a desinformação continuar abundante. Grotesco de se assistir, mas vamos ter espectáculos destes nos próximos tempos.
terça-feira, novembro 12, 2024
o que está a acontecer - os campos das sombras
«Sobre a montada, subindo devagar a trilha pedregosa, Leonardo esmoía íntimas irritações. Não podia ser! Os galegos estragavam tudo, quer pagando quantos direitos os guardas-fiscais lhes exigiam, quer andando, na calada da noite, a fazer contrabando de peles. Ainda se aparecessem muitas de texugo e de tourão, em que os ganhos pingavam mais, sempre se poderia ir vivendo. Mas não.» Terra Fria (1934)
o que está a acontecer - do eterno feminino
«Folheando os livros de antigos assentamentos, no cartório das cadeias da relação do Porto, li, no das entradas dos presos desde 1803 a 1805, a folhas 232, o seguinte: / Simão António Botelho, que assim disse chamar-se, ser solteiro, e estudante da Universidade de Coimbra, natural da cidade de Lisboa, e assistente na ocasião da sua prisão na cidade de Viseu, idade de dezoito anos, filho de Domingos José Correia Botelho e de D. Rita Preciosa Caldeirão Castelo Branco, estatura ordinária, cara redonda, olhos castanhos, cabelo e barba preta, vestido com jaqueta de baetão azul, colete de fustão pintado e calça de pano pedrês.» Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição (1862)
2 versos de José Pascoal
«Os dias andam devagar, / Ao ritmo da minha pressa.»
«Não há-de ser nada», Sob Este Título (2017)
os 8 bateristas de Phil Collins
Os oito colegas favoritos: Ringo Starr (The Beatles), Keith Moon (The Who), John Bonham (Led Zeppelin), o bopper Buddy Rich, Charlie Watts (The Rolling Stones), Nick Collins (o filho), Chester Thompson (músico de Zappa, o homem que pegou nas baquetas para Collins ir para a frente do placo, em concerto) e Steve Gadd, músico de estúdio com um leque vasto de colaborações. Um vídeo com muito bom e bem informado texto, aqui.
segunda-feira, novembro 11, 2024
o que está a acontecer - ciclos do inferno
«13 de Novembro. / Ouço sempre o mesmo ruído de morte que devagar rói e persiste... / Uma vila encardida -- ruas desertas -- pátios de lajes soerguidas pelo único esforço da erva -- o castelo -- restos intactos de muralha que não têm serventia: uma escada encravada nos alvéolos das paredes não conduz a nenhures.» Raul Brandão, Húmus (1917)
4 versos de José Régio
«Como olhar-me, se eu grito que não creio / Nos próprios gritos com que chamo Deus? / Todavia, Deus sabe que em meu seio / Uma flecha de fogo aponta os céus...»
«Poema de amor sem fé nem esperança»,
As Encruzilhadas de Deus (1936)
domingo, novembro 10, 2024
correspondências
(Teixeira de Pascoais a Raul Brandão) «29-Maio-914 / Amarante // Meu muito estimado Amigo: // Acabo de ler o El-Rei Junot. É uma obra admirável, um grande Drama! // Brevemente lhe enviarei, manuscritas ainda, as minhas impressões sobre a sua Obra que sairão na "Águia" de Julho. Não pode ser primeiro. Tenho tido muito que fazer. Desculpe. / Com os maiores agradecimentos, sou sempre fervoroso admirador e amigo. // Teixeira de Pascoaes» Correspondência**
(José da Cunha Brochado a desconhecido) «O respeito que sempre tive e devo ter à pessoa e ao carácter de V. Ex.ª, me levou sempre à veneração de suas altas prendas pelo seguro caminho de uma pura e fiel contemplação, entendendo que, como V. Ex.ª é todo espírito e todo inteligência, mais se pagaria das respeitosas meditações da minha fé, que das intrometidas assistências da minha dignidade.» .../... Cartas*
(2) Raul Brandão - Teixeira de pascoais, Correspondência (ed. António Mateus Vilhena e Maria Emília Marques Mano, 1994)
(1) José da Cunha Brochado, Cartas (ed. António Álvaro Dória, 1944)
o que está a acontecer - os que partem
1.ª parte «Sarita» I. «Novembro, 3 / Trago ainda na memória a lembrança daqueles choros, ontem, no cais, na hora da partida. Aquela mulher que gritava: ai o meu Manel, que não o torno a ver! -- E os soluços dos filhos e o desespero da velha, que só dizia: coragem, rapariga! -- e chorava cada vez mais. / E o meu Manel, com um ar idiota, a olhar para o rancho da mulher, da mãe e dos filhos e sem saber o que lhes dizer.»» Joaquim Paço d'Arcos, Diário dum Emigrante (1936)
«Automaticamente os seus dedos nodosos iam enrolando novo cigarro, enquanto o ombro esquerdo procurava suporte no tronco rugoso dum sobreiro. / A casa tinha, agora, um penacho de fumo, fumo da tarde, do jantar -- algodão-em-rama que se desfazia, flutuante, translúcido, quase azul.» Ferreira de Castro, Emigrantes (1928)
vária
«Pelo campo, patinando na terra aboborada de água, sucedem-se os regimentos, fazendo exercício, principalmente exercícios de assaltos às trincheiras. As tropas inglesas não descansam nunca. Nas trincheiras, batem-se sempre que é preciso e com uma coragem a que os alemães não sabem resistir.» Adelino Mendes, «A cidade d'Albert» (29-III-1927), Repórteres e Reportagens de Primeira Página (s.d.)
«Transplantado, não produz flor. Tem uma folhagem pequena, curta, verde retinto, mui recortada nos bordos, e agora, na Primavera, esbracejando sobre as barreiras, tolda os pegos com caramanchéis duma vaporosidade incomparável. A sua flor é o que há de mais mimoso, mais pequenino, mais aéreo: uma joiazinha coquete, que antes diríeis insecto, pela vivacidade e esbelteza da figura.» Fialho de Almeida, «Pelos campos», O País das Uvas (1893)
serviço público, em que, sem querer, vou parar com o Eça ao Panteão Nacional, uma acaciísse que ele não merecia que lhe fizessem
«A lição de Eça sobre a América», em sintonia com Viriato Soromenho Marques: o Eça crítico do deus-dólar (ver o texto na barra lateral), um texto publicado aos 21 anos na Gazeta de Portugal.
Genial Eça de Queirós, que não merecia uma descendência acácica, que após quase deixar os restos mortais do antepassado irem parar à vala comum (ver a imprensa de 1989, principalmente o extinto diário O Europeu), vem agora, parte dela, engalanar-se de Panteão, que será para muita gente, mas não para ele.
Dar Panteão a Eça de Queirós é não ter a mínima noção do seu pensamento, é cair no ridículo, sem, naturalmente, perceber o quão ridículo se está a ser. Além disso, Eça não precisa do Panteão para nada, o país é que precisa dele, e nenhum outro sítio mais apropriado do que a mítica Tormes, longe dos gouvarinhos aparvoiçados de São Bento, criaturas pelas quais ele tinha enooorme consideração e estima.
não melhor, mas outra coisa
sábado, novembro 09, 2024
o que vai acontecer
«Aquelas outras meias de seda, cinzentas, fascinavam-na. Levantou as saias e calçou-as. Olhou-se na água do riacho. Tirou-as com um suspiro. Se tivesse, como aquela porca, um idiota que lhe desse meias destas? / Procurou relembrar a sua vida. As memórias metiam sempre água e sabão.» Miguel Barbosa, «A dança», Retalhos da Vida (1955)
«Nesse ano, o Inverno chegou cedo. Duas semanas de nevão cobriram a serra de branco e queimaram o pastio. E foi então que começou a tragédia dos pastor velho e cansado, pai de um filho doido e dono de sete ovelhas famintas. / Dias e noites a fio baliram os animais com fome. Dias e noites, sem dormir, escutou Melo Bichão o triste balir das ovelhas.» Mário Braga, «Balada», Serranos (1949)
«Mestre Romão rege a festa! Quem não conhecia Mestre Romão, com o seu ar circunspecto, olhos no chão, riso triste, e passo demorado? Tudo isso desaparecia à frente da orquestra; então a vida derramava-se por todo o corpo e todos os gestos do mestre; o olhar acendia-se, o riso iluminava-se: era outro. Não que a missa fosse dele; este, por exemplo, que ele rege agora no Carmo é de José Maurício; mas ele rege-a com o mesmo amor que empregaria, se a missa fosse sua.» Machado de Assis, «Cantiga de esponsais» Histórias sem Data (1884)
sexta-feira, novembro 08, 2024
o que está a acontecer
«-- [...] As pedras são todas da prumitiba, mesmo perto da torreta que leva à casa de defesa ainda se lêem uma ascrições latinas que rezam a sepultura de Dom Martim, morto de adigestão quando duma lampreiada para festejar as vitórias dos primos Barbelas. Tem a Torre trinta e dois metros de altura, é a maór da região e os degraus contam-se em oitenta e nove, com patamares de descanso. A vista lá do alto é grandiosa.» Ruben A., A Torre da Barbela (1964)
«Aqui se conta da chegada de Jerónimo Caninguili, moço benguelense, à velha cidade de São Paulo da Assunção de Luanda. E de como, enquanto Caninguili dava os últimos retoques à sua Loja de Barbeiro e Pomadas, dita ainda Fraternidade, a menina Alice soltava os pássaros do falecido pai.» José Eduardo Agualusa, A Conjura (1989)
«Mas o marido gritara qualquer coisa: interrogativa, ela deu meia volta e viu John, que agitava um braço e abria e fechava a boca. Dizendo o quê? E Mary aproximou-se novamente do David, regressando o marido à posição anterior, a máquina preparada. "Talvez o primeiro retrato fique melhor do que o segundo", murmura Giovanni, como se fosse ele o interessado.» Augusto Abelaira, A Cidade das Flores (1959)
quinta-feira, novembro 07, 2024
4 versos de Fernando Jorge Fabião
«Vives prisioneiro / de uma videira, da empa, / dos ofícios em que as mãos / prolongam a terra.»
Nascente da Sede (2000)
tempo de novela
«André apertou na sua uma mão seca, ossuda e brusca. Agora próximo, de novo se abriu o clarão do cigarro. André mais adivinhou que viu um bigode negro e um rosto anguloso e moreno. / Os três vultos desceram o talude junto à via férrea e seguiram por uma azinhaga sombria, enfeixada entre renques de árvores de forma confusa.» Manuel Tiago, Cinco Dias, Cinco Noites (1975) § «Ele levantara os olhos devagar, num esforço, e fora então que as ancas da mulher, assim sentada, lhe pareceram mais amplas do que quando ele estava em pé. Os seus olhos fugiram imediatamente do diabo que se escondia ali, sob as saias, redondo que nem uma abóbora; mas logo se enredaram no sorriso que a mulher luzia -- um sorriso brando e húmido.» Ferreira de Castro, A Missão (1954)
quarta-feira, novembro 06, 2024
diários
.../... «Benes era, sem dúvida, um homem de excepcional envergadura intelectual e moral. / Quem teve a ventura de ler o seu livro "Democracia de hoje e de amanhã" verificou, sem esforço, que o antigo Presidente da República checoslovaca não conseguiu, sòmente, de maneira superior, interpretar os grandes problemas do nosso tempo. Não se limitou a isso. Foi mais longe.» .../... Vasco da Gama Fernandes, Jornal (1955)
ucraniana CCLXVI - e agora?
A retumbante vitória de Trump não vai deixar apenas Zelensky certamente de malas aviadas e em maus lençóis; deixa-nos também, UE, com uma relação com a Rússia em cacos. Não vale a pena repisar a subserviência e a estupidez das lideranças europeias, que, com honrosas excepções, se esqueceram de que tinham não apenas um vizinho poderoso a Ocidente, mas também a Leste -- que, seguindo a "estratégia" burra dos neocons que mandam em Washington, menorizaram o colosso russo, pobres coitados. Menorizaram a Rússia, hostilizaram-na e lançaram-na nos braços da China. Mais uma vez na história da política externa norte-americana, conseguiram o oposto do que pretendiam.
E agora as von der Leyen, a fulana da Estónia que ficou com a alegada política externa europeia, a chanfrada do Parlamento Europeu e o Costa e as suas pontes vazias e para lado nenhum?... Vamos ter cinco anos com estes tipos ou tratarão rapidamente de virar o bico ao prego, ou, melhor, serão esvaziados do excesso de protagonismo que, principalmente a Ursula se autoatribuiu, no meio dos scholz e outros macrons?
Sim, Trump é imprevisível, mas não é estúpido, e tem instinto, como se vê. E J. D. Vance, que provavelmente lhe sucederá na presidência dos Estados Unidos, tem um pensamento bastante estruturado. É isolacionista e não vai em wokismos anti-Putin. Há uns meses, ainda antes de Kamala, picava: "Queres que o teu filho morra no estrangeiro numa guerra estúpida? Vota em Biden." Eloquente, ainda mais se nos lembrarmos que Vance é um antigo combatente, no Afeganistão.
Mais ou menos à margem: quem ainda vai atrás de televisões, centrais de propaganda como a cnn central, reproduzindo-a bovinamente? "Empate técnico", não era? Eu sempre tive um feeling de que Trump ganharia, mas nunca desta maneira. Aliás, creio que nem o próprio.
2 versos de José Agostinho Baptista
«OH crepúsculos lentos onde me suicidei no verão enquanto / no mundo aldeias e aldeias eram devoradas pelo fogo yankee...»
Deste Lado Onde (1976)