há partículas do meu sangue vindas do outro lado do estreito de
[tariq
guerreiros de alfange à cinta tomaram muralhas
desbarataram o rei rodrigo
e guerrearam-se entre si
sangue quente em terra quente
useiro e vezeiro no trabalho violento do gado
manadas conduzidas por léguas e léguas além tejo oeste e volta
noites dormidas onde calhava
ao relento e ao luar
noites transfiguradas pela geometria fractal dos corpos celestes
este meu sangue da barbaria
alento de macho cobridor sem maldade ou pudor
de fácil turvação à vertigem de uns olhos rasgados em tez morena
sangue berbere espalhado sem ida nem volta pelas margens
[de aquém tejo
correspondências
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(*Ferreira de Castro a Roberto Nobre*, 1925): .../... *«Aí *vão agora dois
trabalhos meus, que V. devolverá com os desenhos o mais depressa possível.
(O ...
Há 52 minutos
3 comentários:
gosto muito! o verso das noites transfiguradas é muito belo! bom.dia!
Lembrei-me de Eurico, o presbítero de Carteia. Eu nem me atrevo a comentar o poema: esta genealogia é de todos nós!
Obrigado, Alice!
Caro Manuel, eu é que não comento!...
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