Entrara na estalagem e pedira o caldo.
Contrariado, ainda não comprara o Mercúrio.
O rei agonizava. O jovem príncipe, um pequeno génio desinteressado dos assuntos de estado, passava os dias no laboratório, classificando as espécies zoológicas e botânicas do reino, trocando com sábios de Uppsala e Cracóvia os resultados das suas experiências.
A rainha perdera a vergonha, dizia-se. O duque de Bruff não lhe bastara. Nem o leito. Comentava-se que rodava indecorosamente pelos palafreneiros da estrebaria real.
Sentia as pessoas inquietas. O exércitos imperiais movimentavam-se sem pudor na fronteira oriental.
Não tinha o Mercúrio para ler, e o caldo tardava.
gravura: Théophile Schuler
correspondências
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(*Ferreira de Castro a Roberto Nobre*, 1925): .../... *«Aí *vão agora dois
trabalhos meus, que V. devolverá com os desenhos o mais depressa possível.
(O ...
Há 3 horas
2 comentários:
:) Gostei!
...da gravura também - que típico retrato!
É irresistível.
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