Sim, meu caro, porque até então o país vivia bem, apesar de a) sermos o país mais atrasado da Europa; b) termos um governo infame que se socorria da infame pide (e dos infames bufos espalhados pelo rico país) e da insultuosa censura para governar; c) termos uma guerra colonial criminosa... Tu agora podes dizer mal do 25A, embora com isso a voz não te fique mais forte -- como dizia o Eça ao Oliveira Martins --, não vais dentro por fazê-lo. Não sendo nós, infelizmente, nem Eça nem Oliveira, sempre te vou lembrando as palavras daquele ao amigo e interlocutor: «a democracia a du bon».
Quando Salazar chegou ao poder éramos o mais adiantado... E hoje idem, como ainda ontem foi comprovado pelas estatísticas que nos dão o último lugar da UE...
Como quer alguém que conspira para destruir um regime que o regime se não defenda? Se houvesse desportivismo, deveria aceitar que aquele o destruísse. Nada disso se passou. Era a contenção dos «safanões dados a tempo», por muito que aqueles que passaram por eles se possam ter sentido incomodados. Mas ser revolucionário tem de ser ofício perigoso, ou não vale nada...
Digo por dentro e por fora. Não moverei um dedo contra este horror em que vivemos, apesar de ter bem a noção de que criticar o Estado Novo raia o crime e dizer as verdades contra o abrilismo desconsolante é prezar a verdade. Se as pessoas querem viver nisto, que lhes faça muito bom proveito. Eu vivo bem em qualquer sistema. Não podem é querer que cale o desgosto de ver o meu País reduzido ao que está. Isso, só morto. E deixa-me dizer-Te que falar contra o regime anterior muita gente falou e nada lhe sucedeu por isso. Genericamente, só os comunistas e associados é que sofreram. Porque eram os únicos perigosos, organizados e com actuação coerente. Fica descansado, eu nunca me organizarei. Mas tenho a certeza de que, se algum dia sentirem o perigo, os herdeiros de Abril farão muito pior do que a PIDE, como comprovam os teus amigos americanos hoje e os meus, britânicos, no fim da 2ª Guerra Mundial, com comunistas e nazis, a um tempo. Ab.
Meu caro, telegraficamente: 1) digamos que quando o Salazas chegou ao poder estávamos no magdalenense e quando o deixou ficámos no aurinhaco-perigordense ... Magro resultado para quem esteve quarenta anos no poder, à rédea solta (isto é: pides & bufos, mai-la censura). 2) Vai falar nos tabefes aos tipos que estiveram no Aljube, Tarrafal, Peniche, Caxias, só para me referir a quatro motivos de orgulho do Estado Novo... 3) O abrilismo permite-te dizer o que dizes, com chalaça, valha a verdade, mas podes dizê-lo. Eu se dissesse um terço estava no olho da rua, para começar; e só não iria dentro porque não tinha como dizê-lo, «genericamente». 4) Também «genericamente» não eram só os comunistas que eram perseguidos e presos; devias antes dizer que a esses estavam reservados os melhores mimos da tortura. Lembro-te só a figura veneranda de Jaime Cortesão, que valia 50 salazares, preso um ano antes da morte. Aliás, por falar em Jaime Cortesão, o salazarismo nem sequer se dava ao respeito: vai ver o que lhe aconteceu quando, amnistiado, regressou a Portugal em 1940; ou vê o que sucedeu ao Lopes-Graça após ter obtido o primeiro lugar para a docência no Conservatório... 5)Oh, a democracia, com todos os seus defeitos, a facilidade para a demagogia, que eu também detesto, tem, entre outros, o grande mérito de permitir liberdade, inclusivamente aos seus detractores.Nada temas, portanto...
Por Amor de Deus, quer dizer que todos esses grandes vultos oposicionistas queriam fazer oposição e ser funcionários do Estado? Comer as sopas de quem desprezavam? Céus! E nunca leste certos jornais oposicionistas. A tenebrosa censura entretinha-se a cortar as alusões ao corte dos fatos dos ministros e deixava passar a pior das propagandas subversivas. E não fazes ideia da diferença entre 1929 e 1968. Eram países muito mais diversos do que o de 1974 para hoje, apesar das massas da CEE e da rédea solta aos arrivistas. Quanto aos safanões aos perigosos - os comunistas e afins, não o reviralho republicano, volto ao ponto, quem faz por destruir deve agradecer de mãos postas tudo o que seja menos que destruição.
A Guerra da Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos
1. Os humoristas de serviço pretendem que é uma luta de valores entre o mundo liberal e o iliberal. Humor negro, porque o único valor que o financismo e o complexo militar-industrial conhecem é o do "deus-dólar" (Eça de Queirós). Dirigidos por estes, os Estados Unidos procuraram neutralizar a Rússia, seu único rival militar, minando-a por dentro e desestabilizando as repúblicas vizinhas que ainda não estavam integradas na Nato: Geórgia, Cazaquistão, Ucrânia. Os bidens e os johnsons não passam de marionetas ao seu serviço. Tudo estava a ser preparado com a Clinton; o Trump, bilionário autossuficiente, foi um parênteses.
2. A Rússia sempre se dividiu historicamente entre o eslavismo antiocidental (Dostoievski, Soljenitsine) e a abertura ao Ocidente. A boa-fé e o ímpeto ocidentalizante foi torpedeado pela própria avidez dolarística. Diz-se que Putin, até aí defensor de uma cooperação, mudou de opinião quando assistiu à barbárie do Iraque e da invenção do pretexto da existência de armas de destruição maciça pelo selvagem do Saddam Hussein, tentando a administração americana, debalde, enganar o Mundo, mas enganando boa parte dos próprios concidadãos. Ou seja, Putin percebeu que a cúpula política norte-americana estava nas mãos de patifes notórios em quem não se podia confiar. A Rússia violou o Direito Internacional? Sim, claro, fazendo uma guerra preventiva.
3. Por razões que me escapam, a cúpula política ucraniana, foi ou quis-se enredada nesta estratégia suicidária, sacrificando o povo aos interesses geo-financeiros dos EUA. As zonas de influência sempre existiram e continuarão a existir; faz parte do poder dos impérios. A União Europeia transformou-se numa vassala dos americanos e uma extensão política da Nato, um péssimo serviço ao projecto europeu.
1905
-
*Wenceslau de Morais*, *O Culto do Chá*. *Basílio Teles,* *Do Ultimato ao
31 de Janeiro. **H. Lopes de Mendonça*. *Nó Cego*. *Fialho de Almeida*,
*Galiza...
1801
-
Nicolau Tolentino, *Obras Poéticas de Nicolau Tolentino de Almeida*. José
da Silva Lisboa, *Princípios de Direito Mercantil e Leis de Marinha *(até
1808)...
«O seu olhar possui, num jogo ardente, / Um arcanjo e um demónio a iluminá-lo; / Como um florete, fere agudamente, / E afaga como o pêlo dum...
Honoré de Balzac (1799-1850)
«O amor é como o mar, que visto superficialmente ou à pressa pode ser acusado de monotonia pelos espíritos vulgares, ao passo que certos seres privilegiados podem passar toda a vida a admirá-lo, encontrando-lhe sempre uma diversidade que os encanta.»
Noutro post, falarei do silenciamento e censura que a maioria esmagadora dos me (r) dia impõem a quem pensa pela sua própria cabeça, logo...
Alfred de Musset (1810-1857)
«Sei muito bem que neste mundo há calamidades que eu não poderei evitar; lamento as que não conheço, mas se sei de alguma devo tentar minorá-la. Por mais que faça, é-me impossível ficar indiferente perante a dor.»
«Aqui está um campino fumando gravemente o seu cigarro de papel que me vai emprestar lume.» * «Eurico era uma destas almas ricas de sublime...
Visconde de Meneses, «RETRATO DA vISCONDESSA DE MENESES» (1862)
ortografia
Segue-se a norma adoptada em Angola e Moçambique, que é a da ortografia decente.
John Ruskin (1819-1900)
«Os edifícios antigos não nos pertencem. Em parte são propriedade daqueles que os construíram; em parte das gerações que estão por vir. Os mortos ainda têm direitos sobre eles: aquilo por que se empenharam não cabe a nós tomar.»
Alfredo Keil, «O ATERRO EM 1881»
M. Teixeira-Gomes (1860-1941)
«Do passado, só me interessa, em arte e literatura, a obra que conservou beleza actual. Assim, esse nome estupendo: "Cartago", no sítio próprio, pouco me diz, além da paisagem onde o lugar persiste. Na solidão do meu gabinete de trabalho, ou nas salas de uma biblioteca, ele parece ganhar em ressonância, e sacudir a poeira dos inúmeros cartapácios que lhe registram a crónica; das suas ruínas pulverizadas, nenhuma "substância" espiritual me assiste.»
Friedrich Nietzsche (1844-1900)
«É o meu nojo, e não o meu ódio, que me devora a grandes dentadas a vida!»
Columbano Bordalo Pinheiro, «RETRATO DE ANTERO DE QUENTAL» (1889)
José Afonso (1929-1987)
EU SOU O MEU PRÓPRIO COMITÉ CENTRAL.
Aurélia de Sousa, «Auto-Retratp» (1900)
Coelho Neto (1864-1934)
«Nós caminhamos sobre túmulos. Como os antigos guerreiros para tomarem de assalto os muros das cidades iam subindo pela mortualha, fazendo de cada cadáver o degrau da escada, nós vencemos à custa do que foi ».
D. Carlos I, O SOBREIRO» (1905)
Seguidores
Euclides da Cunha (1866-1909)
« Ouviu-os indiferente e contrafeito. Não sabia respondê-los. Tinha a frase emperrada e pobre. Além disso, tudo quanto saía do passo ordinário da vida não o comovia, desorientava-o, contrariava-o.»
Amadeu de Sousa-Cardoso, «COZINHA DA CASA DE MANHUFE» (1913)
«É sempre fácil baixar a cabeça diante da moda de cada época; o difícil é mantê-la sempre no lugar. É sempre fácil ser modernista, como é fácil ser um snob.»
De Rio Turvo, de Branquinho da Fonseca
-
«No Outono caem as folhas das árvores, o céu é cinzento e toda a Natureza
vai adormecer, como dizem os poetas… Filipe da Maia não era poeta e sentia
e...
The Flaming Lips - race for the prize remix, 1999
-
"The Japanese edition of Race for the Prize includes two different mixes
of that song, and single-disc stereo mixes of three songs from Zaireeka —
“Riding...
roger wolfe / a avaria
-
Dar amor, já sei.
Mas não funciona.
Mostrar piedade, já sei.
Mas não funciona.
Eliminar o Eu, já sei.
Mas não funciona.
Acabar com a cobiça,
já sei...
Erica Jong - A Professora
-
*Mesclando realidade e fantasia, Jong lança mão até de algumas incursões um
tanto libidinosas, tudo para mostrar que, numa relação de
ensino-aprendizagem...
Pouco distribui, pouco cresce
-
“Se conseguir ter uma economia que crie mais riqueza para poder pagar
melhores salários”, Portugal pode competir e tal, afiançou Montenegro, uma
vez mais...
Poemas dos dias que correm
-
Dubai, Junho de 2024
QUEM ME QUISER AMAR
Quem me quiser amar,
que me leve
fechado no meu mistério…
Me leve
como um presente imerecido,
vindo não sabe de...
Pensamento da semana
-
Os mesmos comentadores que há três meses consideravam «inevitáveis» as
legislativas antecipadas vêm agora considerar uma «irresponsabilidade» a
hipótese ...
[Ontem é passado]
-
Ontem é passado
o dia de hoje também acaba
a Primavera foge
Yosa Buson
*PRIMEIRO AMOR e outros poemas*, Editora Licorne, outubro de 2013
O CALAMITOSO ESTADO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR PÚBLICA...
-
O estado de muitos sistemas educativos públicos europeus - fico-me pela
Europa - é nada menos do que calamitoso:currículos mais pobres a cada
reforma, capt...
Nélio Silzantov - A finitude das coisas
-
[image: Literatura brasileira contemporânea]
Nélio Silzantov - A finitude das coisas - Editora Patuá - 240 Páginas - Capa
e projeto gráfico: Roseli Vaz - ...
Totor
-
EXTRAORDINÁRIAS AVENTURAS DE TOTOR
Argumento/Desenho: Hergé
1ª Edição de: 01-1982 - Pranchas: 26
Revista: TINTIN - Números :Nºs 1451 a 1511
https://bdm...
tranquilidade (in)diferente
-
A indiferença pode vir também de um lugar de tranquilidade. Depois da
guerra, apesar dos mortos e feridos, paira nos campos de batalha um
silêncio brumos...
Traques e arrotos
-
Teria quatro anos, deve ter sido a primeira vez, e se bem recordo
levaram-me à praia de Lavadores. Foi mesmo terror, aquelas gigantescas
massas de águ...
Posy 2
-
Nunca haverá uma editora portuguesa para publicar esta artista inglesa. É
um facto! Mas na Bedeteca de Lisboa chegaram algumas das obras da Posy
Simmonds –...
A «maldade dos políticos», Camus e a ética
-
Se fosse forçado a viajar para uma ilha deserta e a ali permanecer
incomunicável até ao meu último dia, e se antes de partir me dessem a
hipótese de transp...
Edição da Tinta da China
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* Sobre uma grande figura *
*da resistência católica e um saudoso camarada*
*Apresentação* :*«O padre José da Felicidade Alves (1925‑1998) foi um dos
pr...
Não, não estamos atrasados nem orgulhosamente sós
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Alertam os activistas woke para a urgência de um debate sobre reparações.
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debate, q...
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-
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Trevas e luz: Um caminho para a liberdade
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«Ele aguçou-lhe o olhar e deixou-o entrever as grandes palavras que enchem o peito humano, abriu-lhe a alma humana e a sua própria, fê-lo clarividente e mostrou-lhe o interior do mundo e por fim aquilo que está por trás de palavras e acções. Mas o que ele viu, foi isto: o cómico e a miséria, o cómico e a miséria.»
Sarah Affonso, «AUTO-RETRATO» (1927)
Raul Proença (1884-1941)
«O socialismo é um liberalismo penetrado de vontade, tentativa deliberada e permanente para pôr o mundo à escala humana.»
Stuart Carvalhais, «RETRATO DE FERREIRA DE CASTRO» (1928)
com o meu nome
Fernando Pessoa (1888-1935)
«A superioridade não se mascara de palhaço; é de renúncia e de silêncio que se veste.»
Roberto Nobre, «A CEGA SANHA DO POVO» (1935)
Em flagrante decilitro (2005)
Fidelino de Figueiredo (1888-1967)
«...só nos insurgimos com vital impulso contra o que em nós trazemos.»
Almada Negreiros, «Retrato de Fernando Pessoa» (1954)
Ferreira de Castro (1898-1974)
«Nenhum de nós é um só homem».
Maria Helena Vieira da Silva, «A POESIA ESTÁ NA RUA» (1974)
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Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944)
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Carlos Farinha, «BANDEIRA BRANCA»
Vercors (1902-1991)
«não posso ofender um homem sem sofrer, mesmo que esse homem seja meu inimigo.»
Dmitri Shostakovich (1906-1975)
«Ou dizemos a verdade sobre o passado, ou calamo-nos.»
7 comentários:
Começámos todos a respirar!
...mal.
Sim, meu caro, porque até então o país vivia bem, apesar de
a) sermos o país mais atrasado da Europa;
b) termos um governo infame que se socorria da infame pide (e dos infames bufos espalhados pelo rico país) e da insultuosa censura para governar;
c) termos uma guerra colonial criminosa...
Tu agora podes dizer mal do 25A, embora com isso a voz não te fique mais forte -- como dizia o Eça ao Oliveira Martins --, não vais dentro por fazê-lo. Não sendo nós, infelizmente, nem Eça nem Oliveira, sempre te vou lembrando as palavras daquele ao amigo e interlocutor: «a democracia a du bon».
Quando Salazar chegou ao poder éramos o mais adiantado... E hoje idem, como ainda ontem foi comprovado pelas estatísticas que nos dão o último lugar da UE...
Como quer alguém que conspira para destruir um regime que o regime se não defenda? Se houvesse desportivismo, deveria aceitar que aquele o destruísse. Nada disso se passou. Era a contenção dos «safanões dados a tempo», por muito que aqueles que passaram por eles se possam ter sentido incomodados. Mas ser revolucionário tem de ser ofício perigoso, ou não vale nada...
Digo por dentro e por fora. Não moverei um dedo contra este horror em que vivemos, apesar de ter bem a noção de que criticar o Estado Novo raia o crime e dizer as verdades contra o abrilismo desconsolante é prezar a verdade. Se as pessoas querem viver nisto, que lhes faça muito bom proveito. Eu vivo bem em qualquer sistema. Não podem é querer que cale o desgosto de ver o meu País reduzido ao que está. Isso, só morto.
E deixa-me dizer-Te que falar contra o regime anterior muita gente falou e nada lhe sucedeu por isso. Genericamente, só os comunistas e associados é que sofreram. Porque eram os únicos perigosos, organizados e com actuação coerente. Fica descansado, eu nunca me organizarei. Mas tenho a certeza de que, se algum dia sentirem o perigo, os herdeiros de Abril farão muito pior do que a PIDE, como comprovam os teus amigos americanos hoje e os meus, britânicos, no fim da 2ª Guerra Mundial, com comunistas e nazis, a um tempo.
Ab.
Meu caro, telegraficamente:
1) digamos que quando o Salazas chegou ao poder estávamos no magdalenense e quando o deixou ficámos no aurinhaco-perigordense ... Magro resultado para quem esteve quarenta anos no poder, à rédea solta (isto é: pides & bufos, mai-la censura).
2) Vai falar nos tabefes aos tipos que estiveram no Aljube, Tarrafal, Peniche, Caxias, só para me referir a quatro motivos de orgulho do Estado Novo...
3) O abrilismo permite-te dizer o que dizes, com chalaça, valha a verdade, mas podes dizê-lo. Eu se dissesse um terço estava no olho da rua, para começar; e só não iria dentro porque não tinha como dizê-lo, «genericamente».
4) Também «genericamente» não eram só os comunistas que eram perseguidos e presos; devias antes dizer que a esses estavam reservados os melhores mimos da tortura. Lembro-te só a figura veneranda de Jaime Cortesão, que valia 50 salazares, preso um ano antes da morte. Aliás, por falar em Jaime Cortesão, o salazarismo nem sequer se dava ao respeito: vai ver o que lhe aconteceu quando, amnistiado, regressou a Portugal em 1940; ou vê o que sucedeu ao Lopes-Graça após ter obtido o primeiro lugar para a docência no Conservatório...
5)Oh, a democracia, com todos os seus defeitos, a facilidade para a demagogia, que eu também detesto, tem, entre outros, o grande mérito de permitir liberdade, inclusivamente aos seus detractores.Nada temas, portanto...
Por Amor de Deus, quer dizer que todos esses grandes vultos oposicionistas queriam fazer oposição e ser funcionários do Estado? Comer as sopas de quem desprezavam? Céus!
E nunca leste certos jornais oposicionistas. A tenebrosa censura entretinha-se a cortar as alusões ao corte dos fatos dos ministros e deixava passar a pior das propagandas subversivas.
E não fazes ideia da diferença entre 1929 e 1968. Eram países muito mais diversos do que o de 1974 para hoje, apesar das massas da CEE e da rédea solta aos arrivistas.
Quanto aos safanões aos perigosos - os comunistas e afins, não o reviralho republicano, volto ao ponto, quem faz por destruir deve agradecer de mãos postas tudo o que seja menos que destruição.
És um brincalhão!...
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