Ricas oportunidades de negócio. Eles nem se dão ao trabalho de disfarçar: convocam Mark Cu-para-o-Ar Rutte, e obrigam a Nato a comprar-lhes armas americanas para a Ucrânia (fica mais barato do que mandá-las fabricar, diz Rubio...). Prossegue-se assim genialmente a política da desadministração anterior, e com imenso lucro. Claro que os 2 a 5% de investimento em armamento se mantém, assim como o jogo das tarifas. Eu proponho, para além do Nobel da Paz, também o da Economia -- pelo menos para já.
Entretanto, Putin, velha raposa, estará à espera de tudo mais um par de botas do que virá de Washington. E estou para ver as tais sanções de 500% aplicadas à China, à Índia, ao Brasil...
Será que o Trump acha que endrominando os europeus, fazendo-os pagar, estará a salvo das complicações que um endurecimento para com a Rússia trará? E achará mesmo aquela cabeça, parece que muito sensível aos neocons e à lisonja dos bajuladores da UE (que se riem dele nas costas), que a Rússia alguma vez cederá ao projecto de enfraquecimento, pobremente gizado em Washington, aplicado e derrotado em toda a linha, nominalmente pelo destroço chamado Joe Biden?
É que a Rússia é, muito felizmente, a única potência militar que pode lidar com as saliências americanas -- que sabem que por cada tentativa de ataque nuclear que experimentassem fazer ao país, teriam resposta em triplo ou a quadriplicar, a partir dos submarinos atómicos que andam submersos por aí -- para não falar das ogivas existentes naquele território imenso.
Do ponto de vista económico, a Rússia tem o apoio da China (mas não só). Sempre teve (inimigo do meu inimigo, meu amigo é), apesar dos avençados do costume fingirem que só agora deram por isso, não deixando de estar empenhadíssimos em propor respostas musculadas "para defender a Europa" dizem estes pategos.
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