Sou favorável à alteração. Para espanto de alguns, que podem pensar o que dizem mas não pensam no que emitem da cavidade bocal, as palavras têm significado preciso, espessura e contexto.
Não se trata de adulterar a língua, como o ridículo "presidenta" no Brasil, que deveria obrigar ao correspondente "presidento", mas de tirar partido das possibilidades que a língua nos dá: há cidadãos e cidadãs, logo a designação adequada deverá ser cartão de cidadania. Aliás, a parvoíce é tanta que já falam nos milhões que custaria a alteração da documentação, quando bastará esperar que cada documento caduque para a concretizar.
Tenho ficado pasmado com as piadolas patetas que tenho ouvido, vinda algumas vezes de onde menos esperava. Apesar da minha educação tradicional, não tenho preconceitos desses (tenho outros).
Alguém fazia lembrar ontem que o sucedâneo do género neutro em Latim é o masculino em Português, o que aparentemente justificaria o uso do termo 'Cartão do Cidadão'. Isto dito, concordo consigo. Alguém (o velho Marx?) disse que a forma como falamos determina como pensamos. Não sei é se é taticamente o melhor a fazer. Dá à Direita um excelente argumento para mostrar que o BE só se ocupa com questões (aparentemente) irrelevantes. A acusação é obviamente injusta. Mas se é para gastar capital político, há outras questões relativas à igualdade de género que são bem mais prementes...
ResponderEliminarA direita não precisa de argumentos; aliás, tem estado nas últimas semanas a explorar 'casos', com pretexto e sem eles.
ResponderEliminarQuanto à oportunidade, não sei, talvez esta seja demasiado fácil e tenha valor simbólico. Mas não sou uma pessoa normalmente atenta a essas questões.
Quanto à frase, não sei. Saussure?...
Lembraram-me um dia destes que era para se ter chamado "Cartão Único" ideia rapidamente abandonada! Desde que a ideia seja ao caducar, alterar, nada contra!
ResponderEliminarQue poderei eu fazer para ficar com o meu velho BI? (ainda não mudei!!!!)
Eu já tive de mudar...
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