Parece que o Parlamento vai homenagear a República com uma exposição de bustos de todos os presidentes das ditas (I, II e III Repúblicas). A II República, mais conhecida por Estado Novo, deu três para o ramalhete. Três usurpadores, diga-se, pois a participação em simulacros eleitorais que mais não foram do que acções políticas fraudulentas, retirou a Carmona, Craveiro Lopes e Thomaz qualquer legitimidade para o exercício da chefia do Estado.


Dito isto: expõem-se cem anos de República. O que se faz com presidentes usurpadores e ilegítimos? Varrem-se para debaixo do tapete da História? Não conheço o teor da exposição, mas duvido que seja glorificadora, caso contrário não é uma exposição mas uma acção (canhestra) de propaganda.
Uma ressalva, em tempo: é claro que não me refiro aos resistentes, quando falo em patetice, gente que me merece o maior respeito, mas a certos pinto-calçudos, quase de calções ainda hoje, bradando...
Uma ressalva, em tempo: é claro que não me refiro aos resistentes, quando falo em patetice, gente que me merece o maior respeito, mas a certos pinto-calçudos, quase de calções ainda hoje, bradando...
Digo eu, do alto da minha ignorância, que será um bocadinho idiota querer fazer de conta que os três presidentes em causa não existiram. Nem me parece que a História deve ser reescrita ao sabor das vontades.
ResponderEliminarOra bem, eles existiram, não foram o modelo de democracia nem de governação que se exigia até, mas foram presidentes.
Mau seria dar-lhes um lugar de destaque, exaltá-los acima de todos, se não é o caso, se tão-só é a mostra dos presidentes que tivemos, onde está o problema?
E aos reis que lhes fazemos? E aos maus ministros, maus deputados, maus pais, mais jardineiros? Vai tudo raso?
Continuando no lugar cimeiro da minha ignorância, corrige-me se estiver enganada, conhecer a História é ser exposto ao bom e ao mau e daí retirar uma conclusão, correndo tudo bem, preferindo escolher as maçãs saudáveis às maçãs podres.
Fazer de conta que estes presidentes não existiram é impedir a reflexão e a consciência crítica.
Sem conhecer a exposição,digo que se trata duma mera urticária política, que nada tem que ver com a História. Esta é impiedosa. Pode ser interpretada, escrita e reescrita pelos vencedores e pelos vencidos, mas não se deixa branquear nem escurecer. Não vale a pena ter ilusões a esse respeito -- que o digam os faraós, que mandavam picar as inscrições dos precedentes, para que a História deles se esquecesse. Baldado esforço, concluímos cinco mil anos depois :|
ResponderEliminarPintos, ou pitos, calçudos....
ResponderEliminarSignificado, o óbvio, além do figurado.