segunda-feira, outubro 05, 2009

Sou uma cousa que fica a uma grande distância
Álvaro de Campos

3 comentários:

  1. Caro RAA,
    E assim, com uma simples (?) frase se pode lançar um grande debate.
    O que representa, de facto, a distância ou, se quisermos o distanciamento? São coisas distintas, dir-me-ão. Claro! Mas, na essência, não terão alguma similitude?
    Podemos estar junto, ali ao estender do braço, mas tão longe, tão longe!
    Mas, não será o inverso também
    verdadeiro?...

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  2. «Não sou senão náusea, não sou senão cisma, não sou senão ânsia / Sou uma cousa que fica a uma grande distância» -- é um dístico de «Canção à Inglesa», um pequeno-grande poema do Pessoa/Campos, que nos suscita muitas interrogações. Recomendo, Teresa

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  3. E já agora RAA,

    (...) Fiz a viagem, comprei o inútil, achei o incerto,
    E o meu coração é o mesmo que fui, um céu e um deserto
    Falhei no que fui, falhei no que quis, falhei no que soube.(...)

    Dizes bem, um pequeno-grande poema.
    Mas quando é que Pessoa, essa Alma inquieta, nos deixa em sossego? Quando é que não nos levanta N questões?!

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