PEQUENA ODE DOMÉSTICA
Calor do pão na manhã,
crescendo manso e dormente.
No soalho se desmancha
doce luz inconsistente,
com suas facas de mel
cortando o silêncio quente.
Os ombros dela na cama,
como narcisos cansados
num florescer transparente.
Os Instrumentos do Tempo / A Nova Poesia Brasileira
(edição de Alberto da Costa e Silva)
"Os ombros dela na cama,
ResponderEliminarcomo narcisos cansados
num florescer transparente."
Isso é lindo. ;)
Beijos!
Ainda bem que gostou, Marie.
ResponderEliminarEu ainda gosto mais do nome do poeta :)
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