Via-se que o Corsário Negro não renunciara a todas as comodidades.
As paredes da câmara estavam forradas de seda azul bordada a ouro e adornadas de grandes espelhos de Veneza; o pavimento ocultava-se sob um macio tapete oriental, e as amplas janelas que davam para o mar eram resguardadas por leves cortinas de cassa.
Aos cantos havia quatro prateleiras cheias de baixelas de prata, no meio, uma luxuosa mesa preparada e coberta com uma rica toalha de Flandres, e à volta cómodas cadeiras estofadas de veludo azul, com ornatos de metal.
Dois grandes e artísticos candelabros de prata iluminavam a saleta, fazendo cintilar os espelhos e um feixe de armas cruzadas sobre a porta.
O Corsário Negro
(tradução de A. Duarte de Almeida)
Fez-me recuar à minha infância!
ResponderEliminarCreio que li todos os livros que dele saiam em Portugal.
Obrigado
Excelente, caro Vieira Calado!
ResponderEliminarOi,
ResponderEliminarA Editora Iluminuras de Sao Paulo está editando as obras do Emilio Salgari em portugues, o 1º título já disponível, é : OS TIGRES DE MOMPRACEM.
Abç