segunda-feira, maio 08, 2006

Homem ao mar

No vale onde me encontro
ouço os sinos das igrejas
a darem as horas certas.

O vento é o meu nevoeiro,
o badalar é o mugir do meu farol.

Homem das cidades marítimas,
sinto o cerco dos montes, dos penedos, da floresta.
Sei que há lobos,
javalis escondidos,
cavalos selvagens pastando solitários.

O pio nocturno da coruja
não me deixa esquecer onde estou.

Agosto de 2000
Seis Composições Outonais

6 comentários:

  1. Bom! Mas quanto ao conteúdo, vê-se que não foste escoteiro ;)

    Abraço,

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  2. Condesso: o meu escutismo prende-se mais com escutar o outro Baden Powell... :)

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  3. Ah, ah! Essa foi boa!
    Mas não escrevas com «u». Esses são os escutas católicos do CNE. Os originais são os da AEP, que admitem todas as confissões religiosas e se escrevem escoteiros, com «o», como escotismo. Bem sei que a tradução de scouts seria mais correctamente escutas, mas tradição é tradição :)
    Abraço

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  4. finalmente descobri a diferença entre escuteiro e escoteiro.:)
    obrigada.

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  5. ...foi, de certeza, um lobito em novo!

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