sexta-feira, julho 26, 2024

ucraniana CCLVIII - até quando vai a Rússia fingir que não percebe?

Para ludíbrio da opinião pública europeia, a UE, pôs-se ao lado da "Ucrânia", assumindo a Rússia como ameaça -- quando é a Rússia a ter todas as razões para se sentir ameaçada, não apenas pelo cerco das bases da Nato, a instigação de "movimentos populares" na própria Rússia e nos países vizinhos e aliados (Geórgia, Cazaquistão, Arménia e no seu interior), sem falar numa poderosa animadversão relativamente ao conservadorismo patriótico e antiwoke de Putin, promovida pelos massmérdia globais, que se permitem endoutrinar e manipular os gentios.

Na realidade, a UE criou um inimigo, ao posicionar-se com toda a cobardia que lhe assiste, toda a subserviência e, eventualmente, com as pretensões de expansionismo económico a leste por parte da Alemanha, levando a França pela mão, ao pôr-se sob as ordens da rapacidade americana, e do seu cão-de-fila, que dá pelo nome de Inglaterra. 

Liderada, aparentemente, por uma sargentona que faz o trabalho sujo dos americanos, enquanto que Scholz não passa de um pobre espartilhado entre coligação governamental e o dono do outro lado do Atlântico (veja-se como não tugiu nem mugiu quando lhe rebentaram com os gasodutos), parece que o gamanço à descarada de dinheiro russo já começou, o que é mais um acto hostil.

Temos todos tido sorte até agora, e espero que continuemos a tê-la, por a Rússia continuar a fazer de conta que não percebe os actos hostis do Ocidente. Porque, obviamente, não lhe interessa nada elevar o patamar; e, por outro lado, com mais ou menos dificuldade, está a fazer colapsar militarmente a Ucrânia, apesar do envolvimento directo do Ocidente na guerra.

Até quando vai a Rússia fazer-se de desentendida ou desvalorizar os actos hostis dos seus inimigos? Esperemos que assim continue sempre, pela nossa saúde.

O meu maior receio é que com a previsível vitória de Trump, o conglomerado militar-industrial que se alimenta destas guerras, avance rapidamente por forma a deixar ao novo inquilino da Casa Branca um situação de facto consumado. Para isso, tem -- a começar pela governanta Ursula -- a boa colaboração da criadagem da UE, a mesma que fez teatro com a Rússia nos nado-mortos Acordos de Minsk.

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