quinta-feira, novembro 29, 2007

Figuras de estilo - Fialho de Almeida

Se foi nos reinados de Afonso V e João II que o solar teve a sua melhor época de galas, todos sabemos que nesses tempos rudes era coisa rara a decoração fixa das casas, que se armavam de panos, e poucos móveis, salvo alguma residência excepcionalmente sumptuosa, que não seria fácil topar no coração desse áspero Alentejo, onde sempre chegaram tarde (ou não chegaram) os agasalhos e modas da vida confortável -- à uma, pela dificuldade de comunicações e distância dos grandes centros, à outra, pelo caracter adusto das gentes, e sua sobriedade ríspida, que tanto as aproximam dos árabes de Marrocos, seus muito próximos parentes.


Em Alvito, o Castelo

O Vale do Riff - Neil Young (feat. Willie Nelson), «Four Strong Winds»

quarta-feira, novembro 28, 2007

acordes diurnos


É um progressita da treta? #6

Sempre a intervir, prossigo com a resposta ao questionário do Sunday Times, tirado daqui.
Pode ser-se um defensor do povo mesmo que o povo não possa eleger outra pessoa?
Coitado do povo.

O Vale do Riff - Rory Gallagher, «Bad Penny»

terça-feira, novembro 27, 2007

Antologia Improvável #270 - Virgínia Vitorino (2)

CORAÇÃO

É primavera. A minha mocidade
abre as asas douradas à alegria...
Que triunfante sol! que alacridade!
No peito, o coração dá meio-dia.

Tarde estival. Agora, a minha idade
olha o centro da vida. Quem diria!
Outono. É já passado! É já saudade!
Toca-me o coração ave-maria...

Inverno. Tanto frio, tanto gelo
a cair devagar no meu cabelo!
Dá meia-noite o coração. E agora,

quando tudo se acaba e tudo foge,
ele é um relógio, que dá horas hoje,
pelo costume de as ter dado outrora...


Apaixonadamente

O Vale do Riff - John Coltrane, feat. Mc Coy Tyner, Eric Dolphy, Elvin Jones, «My Favorite Things»

segunda-feira, novembro 26, 2007

É um progressista da treta? #5


Do questionário do Sunday Times, retirado daqui.

Deve permitir-se que o regime iraniano de Ahmadinejad adquira a bomba nuclear?

Pergunta capciosa... A resposta "correcta" do Sunday Times é "não". Mas, pergunto: há um regime iraniano de Ahmadinejad?, esse regime é diferente, por exemplo, do do aiatola Khatami?, é a sociedade iraniana monolítica como a da Arábia Saudita?, compara-se o regime dos aiatolas (parece-me melhor esta designação) às tiranias férreas de Saddam Hussein ou Hafez El-Assad? Talvez não... Se o "não" do ST pressupõe que o Ocidente deva entrar em guerra com o Irão, como ameaçou o palhaço do ministro dos estrangeiros francês, é claro que não concordo. Não é que Ahmadinejad mereça grande confiança, e a verdade é que -- mesmo descontando as suas declarações polémicas para uso interno e liderança regional -- o facto é que a segunda figura do estado iraniano (a primeira é um aiatola...), disse que Israel deveria ser varrido do mapa. E quando ele afirma que o nuclear servirá somente fins pacíficos, devemos desconfiar. Mas não tem Israel arsenal nuclear (coisa que não me preocupa por aí além), não tem o Paquistão o mesmo (o que já me preocupa bastante...)? Resposta de princípio: todas as pressões diplomáticas devem ser exercidas para que os persas não detenham armas nucleares, e por aqui me fico.

Não sei se esta resposta é suficiente para que o Sunday Times me não considere um «progressista da treta»...

O Vale do Riff - Stan Kenton, «Limehouse Blues»

domingo, novembro 25, 2007

sábado, novembro 24, 2007

Armazém Central -- t.1, Marie
Régis Loisel & Jean-Louis Tripp

É um progressista da treta? #4

Questionário do Sunday Times, retirado daqui.

É o anti-semitismo uma resposta legítima à frustração com as políticas dos Estados Unidos e de Israel?

O anti-semitismo é racismo (a propósito, os árabes também são semitas), portanto não é aceitável em nenhuma circunstância, por muito questionáveis que sejam as políticas do estado israelita -- que, aliás, é um estado democrático. Como não se pode ser "antiamericano" por apostrofar bandidos como o Dick Cheney ou patetas como o George Bush.
Sabe-se que, até entre nós (oh, nação valente e imortal!...), há uns vegetais que se dizem anti-semitas. Houve mesmo uns que se entretiveram a profanar o cemitério judaico de Lisboa (parece que os chimpanzés podem ser anti-semitas...). Os que têm QI abaixo de chimpanzés não me espantam; o que me aborrece é ver gente que se diz de esquerda a deixar-se escorregar para a cloaca do anti-semitismo, que é, como disse acima, racismo. Alguma esquerda pode conviver isso, a história já o demonstrou. Mas essa dita esquerda, fanática e antiliberal, está identificada e, pelo menos por enquanto, derrotada. Mas os democratas não podem sequer contemporizar com o racismo, sob pena de deixarem de o ser.

sexta-feira, novembro 23, 2007

Figuras de estilo - José de Matos-Cruz

Não é normal que um génio gere seres excepcionais. Mas é extraordinário que um monstro degenere em homem comum.
O Infante Portugal e as Tramóias Capitais

O Vale do Riff - Nat King Cole, feat. Coleman Hawkins, Oscar Peterson, Ray Brown & Herb Ellis, «Sweet Lorraine»

quinta-feira, novembro 22, 2007

capismo

Bernardo Marques, capa de
A Idade do Jazz-Band, de António Ferro
Lisboa, Portugália Livraria-Editora, 1924

É um progressita da treta? #3

Questionário do Sunday Times, retirado daqui.

É aceitável exigir que as mulheres usem véus?

Sempre que vejo uma mulher com véu, não posso deixar de pensar que está ali uma pessoa coagida a usá-lo. Todos o sabemos, é escusado os seus defensores virem-nos atirar areia para os olhos. É claro que não nos podemos tornar numa espécie de talibãs invertidos (!) e pôr uma polícia de costumes atrás de cada mulher que apareça a envergar o hijab... Mas a República laica francesa esteve muito bem ao proibir o seu uso nas escolas públicas. O estado democrático não pode ser cúmplice do aviltamento grosseiro do indivíduo quando calha esse mesmo indivíduo pertencer ao sexo feminino.

O Vale do Riff - Dinah Washington, feat. Terry Gibbs, Max Roach & Urbie Green «All Of Me»

quarta-feira, novembro 21, 2007

Antologia Improvável #269 - José Tolentino Mendonça (3)

ATALHOS

Não constitui segredo
contam a sua história
mesmo se por atalhos
as coisas insignificantes de uma vida

assim o fragmento que reconheço
tanto tempo depois
escrito num caderno

«...reencontrarei ainda o vento dessa praia
de que me despeço
nos penhascos frente ao mar
o caminho abandonado...»

reencontrarei ainda
a expressão distraída que me deixava
a um passo daquilo que nem hoje sei?


Baldios

O Vale do Riff - Van Morrison & The Band, «Caravan»

terça-feira, novembro 20, 2007

estampa CXXIV

Domenico Ghirlandaio, Retrato de uma Jovem
Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa


É um progressista da treta? #2

Questionário do Sunday Times, retirado do Rua da Judiaria.

2. Devem ser punidos por lei os casamentos celebrados contra a vontade das mulheres?
Que se verifiquem casamentos na Europa celebrados contra a vontade das mulheres, e que tal alguma vez tenha sido encarado com normalidade, é bem o exemplo da parvoíce que o relativismo cultural permitiu. Mais que punidos -- e seria preciso ver quem seria objecto de punição -- esses casamentos devem ser considerados nulos.

O Vale do Riff - Queen, «Somebody To Love»

segunda-feira, novembro 19, 2007

Caracteres móveis - Angel Crespo

O excesso de sinceridade na poesia, como no convívio, é um egoísmo e, em última análise, uma falta de educação.


«Para uma arte poética», 30 Poemas
(tradução de José Bento)

O Vale do Riff - Peter Frampton, «Show Me The Way»

domingo, novembro 18, 2007

Oscar Peterson, Grégory Elbaz

É um progressita da treta? #1

Questionário do Sunday Times, retirado da Rua da Judiaria.

1. É permitido aos muçulmanos ser homófobos por causa da sua cultura?
1.ª resposta: não.
2.ª resposta: ninguém deve/pode ser perseguido em consequência da sua orientação sexual. No entanto, as fobias, desde que manifestadas individualmente, sem incitação pública à discriminação ou ao ódio, são pontos de vista toleráveis em democracia.

Observação: embora se perceba o enfoque religioso sobre os muçulmanos num questionário dum jornal inglês, convém lembrar que a homofobia não é um exclusivo do islamismo. A única diferença é que na maior parte dos países islâmicos a religião não está separada do estado. Sucedesse o mesmo com o cristianismo ou o judaísmo e outro galo cantaria para a homofobia.

Cascais

Cascais tem um cânone poético?

É claro que tem.

esta semana n'O Vale do Riff






estampa CXXIII

Carlos Bonvalot, Pinheiros (Sintra)
Colecção particular, Cascais

sábado, novembro 17, 2007

Antologia Improvável #268 - Casimiro de Abreu

DEUS!

Eu me lembro! eu me lembro! -- Era pequeno
e brincava na praia; o mar bramia
e, erguendo o dorso altivo, sacudia
a branca escuma para o céu sereno.

E eu disse a minha mãe nesse momento:
"Que dura orquestra! Que furor insano!
Que pode haver maior do que o oceano,
ou que seja mais forte do que o vento?!" --

Minha mãe a sorrir olhou pr'os céus
e respondeu -- "Um Ser que nós não vemos
é maior do que o mar que nós tememos,
mais forte que o tufão! meu filho, é -- Deus!"


Obras de Casimiro de Abreu

acordes diurnos


sexta-feira, novembro 16, 2007

Progressistas da treta

Os progressistas da treta aborrecem-me, aqueles que se dispõem a avalizar as posições mais abjectas por causa dum anti-americanismo alucinado, esses que, por exemplo, se mostram compreensivos para com o fanatismo islâmico.
Também me aborrecem os liberais da treta: os que se arrogam o direito de classificar como anti-americanos todos quantos ousaram contestar a hedionda política externa da cáfila que governa a partir de Washington.
Através do excelente blogue Rua da Judiaria, confirmo os meus bons instintos democráticos e liberais, graças a um questionário do Sunday Times, que Nuno Guerreiro Josué reproduz aqui.
Como o Abencerragem é um blogue preguiçoso, vou entreter-me nos próximos dias a responder ao questionário.

O Vale do Riif - The Police, «Message In A Bottle»

quinta-feira, novembro 15, 2007

Figuras de estilo - Abel Botelho

Estavam na «ilha» do Grilo. -- Um duplo renque de casebres, de singela madeira e taipa, mal armados, imundos, quase sem beirais, sem forros, sem vidraças, todos riscados no mesmo padrão, com a mesma feição patibular, todos calcados no anonimato peculiar às coisas ínfimas. Assim como era um, eram todos. Rés-do-chão e um andar; em baixo, alternadamente, uma janela e uma porta; em cima uma sucessão monótona de janelas. Mas nem as portas tinham resguardo, nem as janelas caixilhos. Por onde entrava a luz, havia de entrar também o vento, a chuva, o frio, o calor, toda a sorte de inclemência. As paredes eram uma casca de noz, os alicerces uma abstracção, a segurança um mito, a higiene um impossível. Aberta, cada uma destas reles barracas era uma praça; fechada, era um túmulo. E túmulo com carneiros, pavorosamente cavado em subterrâneas ramificações, a avaliar pelas exíguas frestas que no seu carcomido rodapé tenuemente luziam, aqui, ali, mesmo à raiz da terra.


Amanhã
(retrato de Botelho por Columbano)

capismo

Capa de Santa Rosa para Caetés, de Graciliano Ramos
Livraria José Olympio / Livros do Brasil, S. Paulo / Lisboa, 1947


O Vale do Riff - Ian Dury, «Sweet Gene Vincent»

quarta-feira, novembro 14, 2007

Sobe da sombra mais opaca / a tua figura radiosa / oh palavra misteriosa!
Ana Hatherly

O Vale do Riff - Joni Mitchell, «Shine»

terça-feira, novembro 13, 2007

Pronto, então com a vossa licença...


(clique para ampliar)

acordes nocturnos


Antologia Improvável #267 - Eno Theodoro Wanke

TORPEDEAMENTO

A morte vai na ponta do torpêdo...
Fervilha a branca esteira, no negrume
do mar -- alfange desferindo o gume
em barco sem defesa e sem segredo...

Uma explosão acende a luz do medo,
a nave inteira abala-se, e ao lume
terrífico das chamas do azedume,
reflete-se uma macabro e mau brinquedo...

Em meio dos gemidos angustiados,
em meio ao borbulhar dos afogados,
a morte exerce em frenesí, o domínio...

E além, atrás do negro periscópio,
Satã observa em gôzo, e sorve um ópio
composto da alegria do assassínio!

A Mancha Negra da Guerra

O Vale do Riff - Ray Charles, «Georgia On My Mind»

segunda-feira, novembro 12, 2007

10 BD's do Séc. 20 - FIBDA 2007

1972
Maus


Art Spiegelman (1948)

fascista, não. palhaço

Todos sabemos que Aznar, além de ser um palhaço, é cúmplice dum crime sem nome que foi e é a guerra no Iraque. Chávez podia chamar-lhe, cão danado, criminoso, bandido, e teria o meu aplauso, mas fascista!, é ridículo. Zapatero esteve muito bem, e o rei também.

O Vale do riff, Steve Lacy, feat. Steve Potts & Irene Aebi, «Prospectus»

domingo, novembro 11, 2007

acordes diurnos


TRB TWO

Hesitei bastante entre Power In The Darkness (1978) e este TRB TWO para falar de Tom Robinson O primeiro é talvez mais expontâneo, embora formalmente menos elaborado. É um rock/new wave viril -- não obstante a circunstância homossexual e de activismo gay, entre outras causas que perfilhou. (A música que dá título ao primeiro constitui, de resto, todo um programa.) A nós, teenagers de 1979, fazia-nos uma impresão dos diabos sermos confrontados com um tipo que ao mesmo tempo que se dizia glad to be gay tinha o desplante de nos trazer do rock mais empolgante desse final de década.
TRB TWO apresentou as qualidades de Power In The Drakness, descontando o factor surpresa. Sobre este teve a vantagem da maturidade e de um maior eclectismo: da new wave («Days Of Rage»), ao blues («Crossing Over The Road»), do good ol' rock'n'roll («All Right All Night») ao gospel («Let My People Be»), à balada («Hold Out») e ao tema muito gilberto'sullivaniano («Law & Order»), de tantas tradições na música inglesa e tantas vezes presentes no rock britânico, dos Beatles aos Sex Pistols.
Tom Robinson continuava então empenhadíssimo nas diversas causas de direitos cívicos que o moviam. Depois deste disco, viria uma colaboração com Elton John e o espectro do declínio. Duma outra colaboração, mas de diferente quilate, nasceu um dos melhores momentos deste álbum: «Bully For You», com música de Peter Gabriel e letra de Tom Robinson, fruto duma parceria on the road nos idos de '78.
Já falei da importância de Gabriel na música popular sua contemporânea?

esta semana n'O Vale do Riff






sábado, novembro 10, 2007

10 BD's do Séc. 20 - FIBDA 2007

1967Corto Maltese

Hugo Pratt (1927-1995)

Figuras de estilo - Jorge Segurado

Não divagues, nem busques na explicação do mistério confusões complicadas de factos, de enredos e de pormenores da História. Vê em grande o sério motivo e contenta-te com a límpida, singular e nua verdade que te dou.
[fala dos Painéis ao Autor]

Painéis de São Vicente e Infante Santo

quinta-feira, novembro 08, 2007

Antologia Improvável #266 - André Varga

ROMANCE

Um pobre coitado
que nunca tivera
senão a migalha
de vida que ele era
pensava pensava
assim com tão pouco
quem é que medrava?

Teimou no trabalho
e ao cabo contou
mas nem a migalha
por fim lhe sobrou.
E o triste chorava
ainda com menos
quem é que medrava?

Perdida a saúde
na busca do pão
pedia-lhe o corpo
o sono do chão.

Estava cansado...
O velho calou-se.
Mediu sete palmos
de terra -- e deitou-se.

Muro Transposto

acordes nocturnos


O Vale do Riff - Fats Domino, «Ain't That A Shame»

quarta-feira, novembro 07, 2007

capismo

ilustração de Benjamim Rabier para
O Romance da Raposa, de Aquilino Ribeiro
Livraria Bertrand, Amadora, s.d.

10 BD's do Séc. 20 - FIBDA 2007

1963

Tenente Blueberry


Jean-Micher Charlier (1924-1989)


Jean Giraud ( 1938)

O Vale do Riff - The Platters, «The Great Pretender»

terça-feira, novembro 06, 2007

imperialismo de bolso

o rei de espanha, que reclama gibraltar, visitou ceuta, reivindicada pelo rei de marrocos, que ocupa o saara ocidental, antiga colónia espanhola

OVale do Riff - Barney Kessel, Grant Green & Kenny Burrell, «Blue Mist»

segunda-feira, novembro 05, 2007

Figuras de estilo - José Régio

Eu lia e relia [...] os versos de António Nobre, que chegavam a provocar-me o desejo de estar doente como ele: «o desejo absurdo de sofrer», li pouco depois no Cesário, -- único poeta que pude ler sem desgosto enquanto permanecia sob a quase exclusiva fascinação do outro.


Confissão dum Homem Religioso

O Vale do Riff - Jimi Hendrix, «Little Wing»

domingo, novembro 04, 2007

161

A minha vizinha e excelente blogger Ana Vidal, do Porta do Vento e dos Pastéis de Nada lançou-me o desafio da «página 161»:
1. Pegue no livro mais próximo, com mais de 161 páginas -- implica acaso e nãoescolha.
2. Abra o livro na página 161.
3. Na referida página procure a 5.ª frase completa.
4. Transcreva na íntegra para o seu blogue a frase encontrada.
5. Passe o desafio a cinco bloggers.

À minha direita tenho a Chronologie de la Bande Desinée, de Claude Moliterni e Philippe Mellot, editada pela Flamarion, em 1996, que me tem servido de cábula para estes postalinhos a propósito das 10 BD's do Século XX, escolhidas entre as 100 mais significativas e que estão a ser objecto duma exposição no Festival Internacional de BD da Amadora deste ano.
Curiosamente fui parar ao ano do meu nascimento, 1964, o ano da incrível Mafalda, de Quino, de Howard Flynn, de Yves Duval e William Vance (o extraordinário desenhador de XIII), do Dare Devil (Demolidor) de Stan Lee e John Romita, o super-herói cego, que é o favorito do meu filho António, e, entre outras séries, a sátira hilariante O Mago de Id, de Brant Parker e Johnny Hart.



A 5.ª frase da pág. 161 é a seguinte:

«TheKing règne sur ce monde d'imbéciles avec autorité.»

Passo a

Purpurina, do Eteceteras Entre Tempos;

JRP, do Combóio Azul;

Paulo Cunha Porto, do As Afinidades Efectivas;

Paulo Ferrero, do Cine-Australopitecus;

Ruela, do Neo-Artes.