quarta-feira, maio 31, 2006

Caracteres móveis #75 - Mircea Eliade

As crises do homem moderno são em grande parte religiosas, na medida em que são a tomada de consciência de uma ausência de sentido. Desde o momento em que sentimos ter perdido a chave da nossa existência, desde o momento em que já não sabemos qual é o significado da vida, estamos perante um problema religioso, pois a religião é precisamente uma resposta à pergunta fundamental: qual é o sentido da existência?...
A Provação do Labirinto
-- Diálogos com Claude-Henri Rocquet
(tradução de Luís Filipe Bragança Teixeira)

terça-feira, maio 30, 2006

e de repente percebeu que tudo aquilo por que lutara havia deixado de ser importante para as pessoas perguntava-se até se alguma vez o fora chegava a ter a impressão de que se sorriam dele surdiu-lhe uma angústia enorme o peito doía-lhe e comprimia-se vivera em vão e isso estava para além do que podia suportar

segunda-feira, maio 29, 2006

estampa XLVI


Marc Chagall, O Violinista
Kunstsammlung Nordrhein-Westfallen, Dusseldórfia

Antologia Improvável #134 - Carlos de Oliveira (5)

ESTRELA

Legenda
para aquela estrela
azul
e fria
que me apontaste
já de madrugada:
amar
é entristecer
sem corrompermos
nada.

Cantata / Trabalho Poético

domingo, maio 28, 2006

A infância era uma casa / branca e grande.
Fernando Jorge Fabião

Meia Feira do Livro.
As edições da Cinemateca são as mais bonitas.

Figuras de estilo #30 - Lygia Fagundes Telles

Não me arrependo de ter vindo, acho que vou me divertir. Aliás, sempre preferi vigiar mulher, tem outro encanto. Veado também. Homem não dá emoção. Somos directos, agimos com a naturalidade de quem vai escovar os dentes. A traição fica menos traição sem aqueles enrolamentos, os gestos são mais abertos, mais simples. Não carregamos os miasmas da mulher que sai de casa para o encontro, ah, essa coisinha fascinante e imunda se rebolando e olhando com o rabo do olho para um lado, para outro... Homem não olha com o rabo do olho, só mulher.
«Olho de vidro», Antes do Baile Verde

Lygia Fagundes Telles

sábado, maio 27, 2006

Boas maneiras

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Mark Knopfler

Correspondências #46 - José Magalhães Godinho a Marcelo Caetano

Lisboa, 7 de Fevereiro de 1949
Exm.º Sr. Professor Dr. Marcelo Caetano:
Acuso recebida a carta de V. Ex.ª datada de 5, que só hoje li por ontem ter sido domingo e, enviada para o meu escritório, só hoje me chegou às mãos.
Não desejo travar polémica com V. Ex.ª, nem pretendo voltar mais ao assunto, mas a carta de V. Ex.ª sugere-me certas observações que, como sempre, lealmente faço.
1.º -- Uma personalidade da responsabilidade política de V. Ex.ª não deve contentar-se com «informações diversas» para fazer afirmações da natureza das que fez, relativamente à minha posição política, sabendo, mais a mais, que a censura não permitiria total rectificação, como neste caso se deu, por isso que, conforme carta que possuo do Exm.º Director do Diário Popular, trechos houve da carta que dirigi a V. Ex.ª que foram cortados pelo lápis azul.
2.º -- Ainda que concedendo como concedo, é de estranhar que não tenham passado pela cabeça de V. Ex.ª as possíveis consequências da sua afirmação, sabendo-se, como se sabe, a forma por que são perseguidas as pessoas suspeitas de simpatia com o Partido Comunista. Ora, V. Ex.ª, declarando que eu possivelmente advogava a fusão de um partido socialista com o Partido Comunista, devia prever que bem poderia fazer incidir sobre mim, senão neste período pelo menos findo ele, uma acção de natureza policial.
E, repare V. Ex.ª: se eu, sem ser comunista, ainda há menos de 2 anos experimentei bem amargos setenta e sete dias de isolamento na Penitenciária de Lisboa, fechado dia e noite numa cela, sem poder produzir qualquer trabalho, sem ter sequer a meia hora diária de ar livre -- que se não nega nem aos assassinos nem aos gatunos --, sem poder ter comigo um lápis ou uma caneta, e um bocado de papel, o que não me poderia estar guardado, agora, com esta inocente recomendação de V. Ex.ª?!
3.º -- Insisto: não sou comunista, não sou dirigente socialista, não encabeço qualquer corrente doutrinária; sou republicano, partidário de uma democracia actual e progressiva que, orientando-se no sentido do socialismo, faça, sem abalos escusados, as profundas reformas sociais e económicas que entendo o País necessita sejam feitas. Não me interessa a colaboração com o Partido Comunista; o que me interessa, como democrata, é que a todo e qualquer partido político seja reconhecido o seu direito de cidade. Não percebo, por isso, muito bem a referência que V. Ex.ª faz acerca da minha «simpatia pela colaboração com os comunistas». Suponho que já é mais do que tempo de todos os portugueses serem leais uns para os outros, e não me parece que esta forma, usada na sua resposta, esteja perfeitamente de acordo com essa lealdade. Estarei em erro? Só V. Ex.ª me poderá esclarecer.
De V. Ex.ª, com a devida consideração
Pela Liberdade

Marcelo Caetano

sexta-feira, maio 26, 2006

Antologia Improvável #133 - Frei Agostinho da Cruz

A DIGNIDADE DA ALMA E VAIDADE DA VIDA

Quem pudesse mostrar o que tem na alma
Pera desenganar em tudo a vida!
Mas não sinto ninguém que trate da alma,
E todos a esperança põem na vida.

O Céu é verdadeiro lugar da alma,
E à terra basta dar-lhe o corpo e a vida,
Pois não podem ter fim os males da alma,
E passam, como sombra, os bens da vida.

Se queremos saber o preço da alma,
Vejamos que pôs Deus por ela a vida,
E viveremos nEle, Ele em nossa alma.

O mundo é sonho vão que enleia a vida.
Quem nele está melhor, tem pior alma,
E quem o desprezou, tem alma e vida.

Poesias Selectas
(edição de Augusto C. Pires de Lima)

Frei Agostinho na Arrábida

quinta-feira, maio 25, 2006

das pedras

Protágoras das pedras.

estampa XLV

Jackson Pollock, A Caminho do Oeste
Smithsonian American Art Museum, Washington

quarta-feira, maio 24, 2006

A incerteza de tudo / na certeza de nada.
Carlos Drummond de Andrade

Steiner

Caracteres móveis #75 - George Steiner

A imensa maioria das biografias humanas são uma transição baça entre o espasmo familiar e o esquecimento.
No Castelo do Barba Azul
(tradução de Miguel Serras Pereira)

terça-feira, maio 23, 2006

Antologia Improvável #132 - António Botto (2)

Aquela minha alegria
Era alegria nervosa.
Essa falsa alegria que buscamos
Para mostrarmos aos outros
No primeiro momento
De uma grande tristeza.

E as grandes tristezas são assim:
Cravam-se fundo, bem fundo;
Até parecem perdidas
Lá dentro do coração;
-- Nem o coração as sente.
Porém,
O engano dura pouco;
Primeiramente,
São gotas de pranto amargo,
Lamentos,
Raiva suave,
-- Depois: a resignação;
Um sorriso que parece desdenhoso.

Um tristíssimo sorriso.

-- Um sorriso doloroso.

Curiosidades Estéticas

Botto

segunda-feira, maio 22, 2006

Prece

Viver até ao próximo Natal é, desde criança, o pedido que sempre faço ao Deus em que não creio.

MárioVargas Llosa à 6.ª

O suplemento de sexta-feira do Diário de Notícias é o que de melhor se publica por cá em matéria de imprensa cultural. Além disso, herdou do seu antecessor as crónicas de um dos espíritos que mais admiro: Mário Vargas Llosa. No último número, evocando o recentemente falecido Jean-François Revel, em mais uma das suas brilhantes crónicas, frisava: «fomos amigos, e também, creio que posso dizê-lo sem parecer jactancioso, companheiros de barricada, porque nenhum dos dois se envergonhava de ser chamado um liberal, palavra que, apesar de todas as montanhas de insídia com que quiseram sujá-la nestas duas últimas décadas, continua a ser, para mim, como o era para Revel, uma palavra belíssima, parente de sangue da liberdade e das melhores coisas que aconteceram à humanidade, desde o nascimento do indivíduo, da democracia, do reconhecimento do outro, dos direitos humanos, da lenta dissolução das fronteiras e da coexistência na diversidade. Não há palavra que represente melhor a ideia de civilização e que esteja mais antagonizada com todas as manifestações da babrbárie que encheram de sangue, de injustiça, censura, crimes e exploração a história humana.» 6.ª -- Diário de Notícias, 19 de Maio de 2006

Vargas Llosa

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domingo, maio 21, 2006

estampa XLIV

Carlos Bonvalot, Senhora com Criança numa Rua de Cascais
Colecção particular
Havia no ar um prazer de livro lido
Fernando Grade

Wenceslau de Morais

Correspondências #45 - Wenceslau de Morais a Julião Quintinha

Tokushima, 16 de Outubro de 1924

Ex.mo Sr. Julião Quintinha

Acabo de receber a carta de V. Ex.ª de 8 de Setembro, acompanhada do supplemento semanal illustrado, n.º 39, do jornal «A Batalha», onde V. Ex.ª quiz dar-se ao trabalho de escrever um artigo a meu respeito; estava no seu pleno direito de fazel-o, e nada me cabe dizer-lhe sobre o assumpto. No entretanto, agradeço-lhe as amabilissimas expressões que me dirige, immerecidas sem dúvida... eu conheço-me e sei que bem pouco valho. E mais ainda lhe agradeço a delicadeza que teve em mandar-me a sua carta e o jornal citado, procedimento que outros nunca praticaram commigo.
Desejo-lhe todas as prosperidades. Creia-me, com a maior consideração,
De V. Ex.ª
m.to att.º ven.or, obrig.mo
Wenceslau de Moraes
Imagens de Actualidade

Boas maneiras

Keith Emerson

sábado, maio 20, 2006

Antologia Improvável #131 - Fernando Pinto do Amaral

Onde estás, minha vida em câmara lenta,
janela toda aberta onde procuro
o vento, a luz da noite? Onde estarás,
melodia cantada a soluçar
numa cama de grades? Onde estás,
olhar dessas visões em sobressalto.
Casal da Bela Vista, velho pátio
ao som da bicicleta? Onde ficaste,
infinito terraço da Alameda,
varanda cor-de-rosa da Parede
com o sol a morrer sobre Cascais?
Onde estás, corredor de São Filipe,
praia do Monte Branco onde outro eu
se lançava da prancha? Onde estarão
os risos desses primos transparentes,
as lágrimas acesas que brilhavam
como arco-íris de seda no meu rosto?
Onde ficou a última pergunta
em véspera de viagem? Onde está
o mapa dessa alma que foi espuma,
o nó dessa garganta submersa?

Pena Suspensa

Fernando Pinto do Amaral

estampa XLIII

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Robert Delaunay, A Torre Eiffel Vermelha
Instituto de Arte de Chicago

sexta-feira, maio 19, 2006

Caracteres móveis #74 - André Leroi-Gourhan

A religiosidade não é só feita de religião, englobando em bloco um cortejo de factos fisiológicos e psicológicos que criam um campo emocional no qual a explicação racional não ocupa o primeiro lugar.
As Religiões da Pré-História
(tradução de M.ª Inês F. S. Ferro)

Leroi-Gourhan

quinta-feira, maio 18, 2006

I am what I am

A série mais conhecida que Segar criou, Popeye, o Marinheiro, alberga um naipe de figuras pouco recomendáveis: o protagonista é um bem-intencionado razoavelmente estúpido e bruto -- tão bruto como o verdeiro Brutus, seu rival na disputa do coração de Olive Oyl (Olívia Palito), mesquinha e escanzelada; não escapa a criança Swee'pea (o Ervilha de Cheiro), por vezes sonso ou insolente, e quanto a Wimpy, glutão e escroque, nem vale a pena falar! Não é de admirar que a mais terrível vilã, Seahag (a Bruxa do Mar), seja tão semelhante nos seus traços ao «herói» Popeye. As personagens disformes de E. C. Segar são um reflexo da real fealdade das pessoas.

E. C. Segar













fonte

quarta-feira, maio 17, 2006

Antologia Improvável #130 - Catulo da Paixão Cearense

O ANEL DO POETA

(A Gastão Pereira da Silva)

Fiz um dia esta pergunta
ao meu anjo inspirador:
«Qual seria o anel do poeta,
se o poeta fosse um doutor?»

E o meu anjo, o meu arcanjo,
respondeu-me com calor:
«Nem verde, nem cor de sangue,
nem azul, nem amarelo,
nem roxo, nem de outra cor!
Seria muito mais belo:
Uma Saudade, brilhando
na cravação de uma Dor.

Mata Iluminada

da paixão cearense















cartoon tirado daqui

(en)canto de amor e de morte
















há muito que não via um realizador
tão enamorado da actriz principal

domingo, maio 14, 2006

Dum modem ou de outro...

...amanhã, se tudo me correr bem, cá estarei.

terça-feira, maio 09, 2006

O «Saturnia»






O navio da largada de Ferreira de Castro para
a sua volta ao mundo, em 1939

Caracteres móveis - William Shakespeare

É sempre uma desgraça para os vis subalternos acharem-se envolvidos nas contendas de dois poderosos adversários.
Hamlet
(tradução de D. Luís I)

segunda-feira, maio 08, 2006

Homem ao mar

No vale onde me encontro
ouço os sinos das igrejas
a darem as horas certas.

O vento é o meu nevoeiro,
o badalar é o mugir do meu farol.

Homem das cidades marítimas,
sinto o cerco dos montes, dos penedos, da floresta.
Sei que há lobos,
javalis escondidos,
cavalos selvagens pastando solitários.

O pio nocturno da coruja
não me deixa esquecer onde estou.

Agosto de 2000
Seis Composições Outonais

domingo, maio 07, 2006

estampa XLII

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Paul Cézanne, Menina ao Piano (Abertura de Tannhäuser)
Museu do Ermitage, São Petersburgo

Antologia Improvável #129 - Ed. Bramão de Almeida

CARNAVAL

Batalhas de «confetti» e serpentinas,
Por vezes, uma flor, avaramente,
Bisnagas a esguichar constantemente,
No ar, o som de quatro mil buzinas.

Zé-Pereiras, palhaços, ovarinas,
Vénus de saia rota e olhar doente,
Cavalos com guizeiras, muita gente,
Garotos, paspalhões pelas esquinas.

À meia-noite, bailes, serenatas,
Visitas às tabernas volta e meia,
Exibições burlescas, bambochatas,

Pós de goma e tremoços à mancheia,
Vinhos, amor, ciúmes, zaragatas,
De madrugada tudo na cadeia.

Sonetos

sábado, maio 06, 2006

Manuel Teixeira-Gomes
















Fonte

Correspondências #44 - M. Teixeira-Gomes a Manuel Mendes

Para Manuel Mendes

Túnis (posta restante) 4-7-1929


Meu caro camarada: Muitas e muitas vezes obrigado pelo postal que acompanhava o número da «Civilização», onde tive o gosto de ler o seu excelente artigo sobre o Columbano, com a lisongeira passagem que me dedica. Mas sou eu que lhe estou em dívida de uma longa carta, que não sei quando terei o vagar de escrever. Agravou-se-me a preguiça com este ardente verão cartaginês, que atirou comigo para uma pequena praia solitária, de impoluta areia verdadeira, fina e doirada, na qual durmo, sonho e passeio, sem outra preocupação além de casar à frescura da aragem salobra o perfume dos cravos malferidos... -- Até breve -- camarada e admirador,
M. Teixeira Gomes
In Urbano Tavares Rodrigues, M. Teixeira-Gomes -- O Discurso do Desejo

Manuel Mendes

Boas maneiras

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Carole King















No blogue do lado fala-se de Emigrantes.

Fonte

sexta-feira, maio 05, 2006

Caracteres móveis #73 - Jorge Semprún

O passado é a infância; o tempo passado é o envelhecimento.

O Adeus de Frederico Sanchez
(tradução de M. Lourdes Castro Figueiredo)

Semprún
















Olivier Roller

quinta-feira, maio 04, 2006

Escrever na areia - A falar fininho

O índio Morales resolveu, como presidente democraticamente eleito da Bolívia, ter uma palavra a dizer sobre a exploração dos recursos naturais do seu país. Os governos dos estados a que pertencem as empresas visadas mostraram uma natural preocupação pelo ditame do Cocalero. Mas, como é óbvio, estão a dialogar, no que são acompanhados -- de acordo com as últimas notícias -- pela Petrobras e pela Repsol, que já fizeram saber da sua aceitação de princípio das reivindicações bolivianas.
Decisão politicamente legítima, embora controversa, foi acolhida entre nós com aquela histeria a que nos habituaram alguns plumitivos esportulados. Cheguei a ler que era uma medida que retirava «credibilidade» ao país, dificultando a atracção do investimento estrangeiro... Ora a Bolívia, que não é propriamente o Canadá, ou sequer a Argentina, nunca até agora foi particularmente conhecida pela credibilidade... Mas para os escreventes amestrados, que não sabem ver para além da sua carteira de títulos, todos os particularismos -- como a circunstância de grande parte daquela população viver em extrema pobreza, independentemente dos governos credíveis e amigos das empresas que tem conhecido ao longo das décadas -- são irrelevantes. Há que debitar pela cartilha, com autoridade e voz grossa.
As multinacionais, como não podem deslocalizar o subsolo boliviano, contemporizam, que remédio!, pelo menos até o índio Morales ser apeado ou comprado. Mas, para já, comove vê-las a falar tão fininho...

estampa XLI

Sarah Affonso, Auto-retrato
Colecção particular

quarta-feira, maio 03, 2006

Antologia Improvável #128 - Martins Fontes

ALVURAS

Ofertou-lhe uma túnica um vizinho,
Ampla, de larga roda e alto capucho.
E ele a vestiu, sem lhe notar o luxo,
Grato a essa utilidade e a esse carinho.

E saiu. Mas, na curva de um caminho,
Topa com um velho anão, tardo e gorducho,
Tipo de serviçal, talvez de bruxo,
Que ia à feira vender um cordeirinho.

Logo o Santo lhe diz que trocaria
Sua túnica pelo companheiro
Anho, que, nos seus braços, não balia.

E, unidos por afecto verdadeiro,
Não mais se separaram, nem um dia,
São Francisco de Assis e o seu cordeiro.

I Fioretti

Martins Fontes

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terça-feira, maio 02, 2006

Figuras de estilo #29 - Jorge de Sena

O não ter-se nada em comum, senão as circunstâncias que nos juntam, é que é a verdadeira sujeição mútua.
Sinais de Fogo

Sena

segunda-feira, maio 01, 2006

estampa XL

August Macke, Chapelaria
Folkwang Museum, Essen

Clarinet a la King

Se há coisa de que gosto no Benny Goodman, o proclamado «Rei do Swing» nas décadas de 1930-40, é -- para além das suas qualidades de clarinetista e chefe de orquestra -- aquele ar sempre happy, de quem se sentia bem na sua pele...

Ir estando

Anuncio-me com outro blogue.
Júlio Pomar, Ferreira de Castro
Museu Ferreira de Castro, Sintra

Boas maneiras